Beato João Batista Machado, padre e missionário jesuíta martirizado no Japão em 1617
Angra do Heroísmo, Açores, 23 mai 2016 (Ecclesia) – A Diocese de Angra assinala hoje a festa do seu principal padroeiro, o padre e missionário jesuíta João Batista Machado, beatificado pela Igreja Católica no século XIX depois de martirizado no Japão.
Numa nota publicada pelo portal “Igreja Açores”, o beato é destacado como uma figura “conhecida a nível mundial” e à qual os “católicos açorianos” dedicam grande “devoção”.
“Além de ter sido declarado padroeiro principal da Diocese de Angra, a sua imagem está exposta em várias igrejas da diocese e na diáspora açoriana, em esculturas e vitrais”, realça aquela fonte.
O sacerdote “dá nome a uma rua da cidade de Angra” e a várias instituições da região, e tem a sua figura representada num “monumento estátua, numa praça pública” da localidade.
João Baptista Machado nasceu em Angra do Heroísmo em 1582, filho de Cristóvão Vieira e de Maria Cota da Malha.
Integrado na Companhia de Jesus partiu, como missionário, para o Oriente onde foi assassinado no Japão, a 27 de Maio de 1617.
João Baptista recusou sair daquele país após uma ordem imperial que determinava o abandono do território por parte dos missionários ocidentais.
A teimosia custou-lhe a vida – cortaram-lhe a cabeça -, no que foi acompanhado por outros cerca de 100 mártires de várias congregações.
Como ele, recorda o portal “Igreja Açores”, morreram também no Japão outros seis mártires portugueses “que aguardam canonização: Ambrósio Fernandes (Porto), Francisco Pacheco (Ponte de Lima), Diogo de Carvalho (Coimbra), Miguel de Carvalho (Braga), Vicente de Carvalho e Domingos Jorge”.
O processo de canonização do padre João Baptista Machado está ainda em marcha no Vaticano, depois de em 1991 ter sido entregue em mão ao então Papa João Paulo II, nos Açores, numa das suas visitas a Portugal.
JCP