Sacerdote jesuíta foi morto durante perseguições religiosas no Japão
Angra do Heroísmo, Açores, 25 mai 2017 (Ecclesia) – A Diocese de Angra e o Instituto Histórico da ilha Terceira promovem entre hoje e amanhã um colóquio internacional nos 400 anos do martírio do Beato João Batista Machado.
A iniciativa reúne vários historiadores e investigadores das ciências sociais e decorre no Palácio dos Capitães Generais.
O sacerdote jesuíta João Batista Machado, padroeiro da Diocese de Angra, foi beatificado pelo Papa Pio IX, em 07 de Maio de 1867, juntamente com outros 205 mártires do Japão.
Durante dois dias 10 conferencistas vão refletir sobre “a vida, a obra e o contexto histórico-social” do beato português, nascido nos Açores.
Entre os palestrantes estão o bispo de Coimbra, D. Virgílio do Nascimento Antunes, que profere hoje a conferência de abertura, às 20h30 (mais uma em Lisboa), sobre o “Martírio e a Santidade”.
O portal diocesano ‘Igreja Açores’ informa que a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo vai exibir na sala de cinema do Centro Cultural e de Congressos da cidade património o filme ‘Silêncio’, de Martin Scorsese, que apresenta a experiência dramática da missionação no Japão do século XVII, entre o martírio e a apostasia de leigos e padres, incluindo jesuítas portugueses.
O Japão foi evangelizado pelo jesuíta São Francisco Xavier, entre 1549 e 1552, a pedido da Coroa Portuguesa, mas poucas décadas depois comunidade católica vivia uma dura perseguição: os primeiros mártires, encabeçados por São Paulo Miki (crucificados em Nagasáqui em 1597), entre os quais o português São Gonçalo Garcia, foram canonizados em 1862 por Pio IX.
Outros 205 católicos foram beatificados em 1867, entre eles João Baptista Machado, Ambrósio Fernandes, Francisco Pacheco, Diogo de Carvalho e Miguel de Carvalho (todos da Companhia de Jesus), Vicente de Carvalho (religioso agostinho), e Domingos Jorge (leigo, cuja esposa japonesa e filho também foram martirizados).
OC