Açores: Devoções religiosas do arquipélago são «as melhores»

Considera D. João Lavrador, bispo coadjutor de Angra

Lisboa, 28 nov 2015 (Ecclesia) – O bispo coadjutor da Diocese de Angra considera as devoções religiosas açorianas “as melhores” porque “têm Jesus Cristo no centro” e refere que o “religioso não pode ser estático”.

“Ter uma prática religiosa, ligada a esta circunstância da devoção e piedade popular cristocêntrica, ajuda-nos imenso no nosso trabalho”, disse D. João Lavrador, em entrevista à Agência ECCLESIA e o portal informativo ‘Igreja Açores’.

O responsável valorizou também as tradições ligadas ao Espírito Santo, nas nove ilhas e na diáspora açoriana, por ser Ele que “aconselha, fortalece, dá ânimo, ensina, dá inteligência” e “faz reconhecer o outro como irmão”.

“É por isso que nos Impérios do Espírito Santo está sempre o espírito da partilha, o sentido de que não haja ninguém que não tenha a sua vida satisfeita nas necessidades básicas, nomeadamente a alimentação, e a alegria”, recordou.

D. João Lavrador foi nomeado bispo coadjutor da Diocese de Angra no dia 29 de setembro e a entrada solene na diocese acontece este domingo, numa cerimónia perante o Colégio de Consultores, às 16h30, na sala dos Atos do Paço Episcopal, a que se segue uma Missa às 18h00 (19h00 em Lisboa), na Catedral local, que vai ser transmitida em direto pela RTP-Açores.

O bispo coadjutor de Angra, natural da Diocese de Coimbra e nos últimos sete anos auxiliar da Diocese do Porto, considera que “o religioso não pode ser estático” e que a religiosidade, onde o sentido do divino muitas vezes se “deturpa”, tem “muitas purificações a fazer”.

“A piedade, sendo uma interligação entre o cristão e a cultura, tem a sua expressão cultural e tem de ter a evolução que a cultura lhe vai colocando. Tem de ter a iluminação que, a partir da Igreja, da renovação conciliar e da fundamentação da Sagrada Escritura, vai ajudando a fermentar a cultura, que vai absorvendo os valores do Evangelho, vividos a partir da realidade concreta”, referiu.

“A piedade é boa, faz parte da relação entre o religioso e a cultura de cada tempo, de cada povo, da sua sensibilidade e genuinidade da própria fé”, sublinhou D. João Lavrador.

A devoção ao Senhor Santo Cristo dos Milagres, ao Senhor Bom Jesus do Pico, os Impérios do Espírito Santo e as Romarias da Quaresma são marcas da religiosidade açoriana.

O início do ministério de D. João Lavrador na Diocese de Angra vai estar em destaque, este domingo, nas emissões dos programas ECCLESIA (Antena 1, 06h00) e '70×7' (RTP2, 11h20).

PR/OC

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Agência ECCLESIA

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