Açores: Comunidade contemplativa das Irmãs do Bom Pastor vai zelar pelo culto do Senhor Santo Cristo dos Milagres

«Ficamos felizes pelo convento voltar a ter vida, uma vida que é quase um regresso às origens» – Cónego  Adriano Borges

Angra do Heroísmo, Açores, 11 jan 2021 (Ecclesia) – O Convento da Esperança, em Ponta Delgada, na Diocese de Angra, vai receber esta quarta-feira, uma comunidade contemplativa das Irmãs do Bom Pastor, as novas guardiãs do Senhor Santo Cristo dos Milagres.

“É com extrema alegria que vamos receber esta comunidade contemplativa das Irmãs do Bom Pastor, menos de um ano depois da anterior congregação ter saído da região. Ficamos felizes pelo convento voltar a ter vida, uma vida que é quase um regresso às origens pois voltamos a ter uma comunidade contemplativa como aconteceu com a primeira comunidade que habitou o convento”, disse o reitor do Santuário açoriano.

Em declarações ao portal diocesano, ‘Igreja Açores’, o cónego Adriano Borges explicou que o santuário cristológico, em Ponta Delgada, é o lugar “onde chega o maior número de pedidos de oração” nos Açores, por isso, é “muito gratificante” que as religiosas contemplativas possam “cuidar da oração dos que pedem a intercessão do Senhor Santo Cristo”.

A comunidade conta com três religiosas – Jacqueline Mendes, que vai ser a superiora da comunidade, Juana Salvatierra e Magdalena Pico, respetivamente naturais do Brasil, Perú e Equador – que vão ter uma atividade diária contemplativa, dedicar-se a tarefas domésticas e de acolhimento.

Para além da oração, vão ser guardiãs da imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres e zelar pelo aprofundamento deste culto, impulsionado por a madre Teresa da Anunciada, religiosa contemplativa de clausura.

“É como que um regresso às origens e isso é muito interessante”, observou o cónego Adriano Borges.

O ramo ativo da Congregação das Irmãs do Bom Pastor já está presente na diocese açoriana, nomeadamente no apoio a população excluída e a vítimas de violência doméstica, com uma casa abrigo, em Ponta Delgada, em São Miguel.

A congregação foi fundada por Maria Eufrásia Pelletier, no século XIX, com o intuito de cuidar da educação de crianças, jovens e mulheres que eram excluídas da sociedade.

O portal ‘Igreja Açores’ informa ainda que as Irmãs de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor com cerca de quatro mil membros e cerca de 500 associados, está presente nos cinco continentes; É também uma organização não-governamental, (ONG) com status consultivo especial, no Conselho Económico e Social (ECOSOC), da Nações Unidas, no combate ao tráfico de crianças e mulheres.

A imagem do Santo Cristo tinha como zeladoras as religiosas de Maria Imaculada que saíram do Convento da Esperança no fim do mês de maio de 2021, onde estavam há mais de 60 anos.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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