D. João Lavrador escreveu mensagem «Toda a Pessoa é um Dom de Deus»
Angra do Heroísmo, Açores, 22 fev 2017 (Ecclesia) – O bispo de Angra afirma que toda a caminhada em direção a Deus “obriga necessariamente” à abertura aos irmãos e à cada um descobrir-se “solidários” para os outros na mensagem para a Quaresma 2017.
“Toda a pessoa vitima da pobreza, da marginalidade e da exclusão, do desemprego, os reclusos, os famintos, os doentes e os idosos sem proteção, estão a caminhar comigo e a estender-me a mão para que lhes alivie a dor e o sofrimento”, escreve D. João Lavrador.
‘Toda a Pessoa é um Dom de Deus’ é o título da mensagem para a Quaresma 2017 e o bispo de Angra considera que a "sorte” do irmão pertence também a cada pessoa.
Neste contexto, na Diocese de Angra e Ilhas dos Açores o fruto da “renuncia, ascese e penitência” quaresmal destina-se ao Fundo Diocesano para as Crianças em extrema pobreza.
No documento divulgado pelo sítio diocesano ‘Igreja Açores’, é recordado que no dia 1 de março começa um tempo “importantíssimo para os cristãos e para toda a sociedade”.
“Os cristãos colocam o seu olhar na Páscoa de Jesus Cristo e dispõem-se a integrar na sua vida a mesma dinâmica de deixar de ser a pessoa presa ao seu egoísmo, individualismo, fechada em si e na sua história, para alcançar a vida na sua plenitude, o sentido da sua existência que só poderá ser digna do ser humano quando aberta para Deus e para os irmãos”, desenvolve D. João Lavrador.
O bispo de Angra escreve ainda que os 40 dias da Quaresma são um tempo “igualmente importante” para toda a sociedade que anda à procura de “soluções para os problemas do mundo e de cada pessoa”.
Na mensagem é pedido aos sacerdotes que dediquem “o tempo necessário” para atender os que necessitam de dialogar e receber uma palavra de conforto e de orientação e às comunidades cristãs que desenvolverem o itinerário de iniciação cristã que integra os diversos símbolos e a dinâmica de cada uma das semanas da quaresma.
A Quaresma, que começa com a celebração de Cinzas (1 de março, em 2017), é um período de 40 dias, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.
Neste contexto, surge a renúncia quaresmal, prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese
CB