Açores: Bispo destaca missão de «serviço» aos cónegos do Cabido da Sé

Angra do Heroísmo, Açores, 12 fev 2015 (Ecclesia) – O bispo de Angra presidiu à Oração de Vésperas da tomada de posse dos 13 novos cónegos do Cabido da Sé, depois de uma interrupção de 15 anos, e destacou o título que representa “serviço”

“Não se trata do culminar de uma carreira, uma dignidade de poder ou de superior distinção, mas um serviço à Igreja” explicou D. António de Sousa Braga recordando a carta do Papa Francisco aos novos cardeais.

O sítio ‘Igreja Açores’, da Diocese de Angra, informa que a tomada de posse dos novos membros do Cabido da Sé realizou-se com a Oração de Vésperas os 13 novos cónegos do Cabido da Sé fizeram a sua profissão de fé e juramento de fidelidade ao seu bispo, esta quarta-feira.

“Esta cerimónia exprime precisamente esta disponibilidade para servir. Não se trata de tomar o poder para dominar, mas de assumir um ofício para servir”, destacou o prelado que lembrou a passagem do Evangelho de São Lucas: “Somos servos inúteis, fizemos o que devíamos fazer, não como fórmula de boa educação, mas como verdade, depois do trabalho.”

Os novos cónegos, segundo o bispo de Angra, “pessoas no ativo” em vários sectores do Serviço Pastoral são chamados a apoiar através do “conselho e sugestões” o Serviço Episcopal para “construir a comum-unidade”.

“Num território descontínuo, como a nossa diocese, urge desenvolver a Unidade Pastoral Ilha, sempre com o apoio da  Igreja-Mãe, que é a Sé Catedral, não para centralizar, mas promover a unidade na diversidade”, desenvolveu.

Com a presença de autoridades civis, militares, universitárias e religiosas, D. António de Sousa Braga assinalou que a primeira experiência de autonomia dos Açores “foi de origem eclesial” há quase 500 anos.

“Podemos bem dizer que a experiência de Autonomia, nos Açores, se deu a nível eclesiástico, já quase há meio século. É que a Igreja Católica não é uma espécie de multinacional, com filiais espalhadas pelo mundo inteiro, cada diocese ou Igreja Particular é a Igreja de Cristo por inteiro”, disse o bispo de Angra.

Na diocese, a memória litúrgica de Nossa Senhora de Lurdes, assinalada esta quarta-feira, foi uma grande celebração promovida pelo Cabido da Sé Catedral de Angra e nesse sentido esta cerimónia realizou-se neste dia.

O sítio ‘Igreja Açores’ explica que o Cabido da Sé foi “retomado” passado 15 anos, “a última reunião realizou-se em 2000”, com um “novo estatuto” aprovado em outubro de 2014.

“O Cabido que até agora tinha apenas a função litúrgica retoma a função do Conselho de Ordens e Ministérios”, acrescenta o sítio online assinalando que “não será um órgão de consulta obrigatória” do bispo de Angra.

O novo estatuto em vigor “por um período experimental de dois anos”, até dia 31 de dezembro de 2016, prevê a possibilidade de serem nomeados cónegos capitulares que “não residem na ilha Terceira” e foram nomeados dois cónegos da Ilha de São Miguel, bem como a nomeação de cónegos honorários em “número idêntico aos do capítulo”.

O preâmbulo do novo documento destaca que o Cabido Catedralício é uma “herança” dos primeiros séculos da dinâmica eclesial, de uma “experiência tipicamente urbana” de unidade no seu bispo “desde o catecumenato à penitência, materializados na Catedral e destinado à cidade”.

IA/CB

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