Açores: Bispo de Angra enviou os jovens da Aldeia da Esperança a «construir a paz» no mundo global

«Podemos ter todas as estruturas do mundo, mas uma aldeia constrói-se no amor concreto» – D. Armando Esteves Domingues

Foto: Igreja Açores/CR

Calheta, São Jorge, Açores, 25 jul 2025 (Ecclesia) – O bispo de Angra afirmou que é preciso “construir a paz neste mundo global”, no envio dos cerca de 300 jovens que participaram na ‘Aldeia da Esperança’, esta quinta-feira, na Caldeira da Fajã de Santo Cristo, em São Jorge.

“Envio-vos para os vossos lugares, todos os lugares que frequentais, sobretudo naquele sítio onde passais muito tempo. É preciso construir a paz neste mundo global, tão marcado pelas redes sociais”, disse D. Armando Esteves Domingues, cita a Diocese de Angra na informação enviada à Agência ECCLESIA.

A celebração de encerramento da ‘Aldeia da Esperança’ realizou-se junto à lagoa da Caldeira da Fajã de Santo Cristo, com a bênção final com o Santíssimo Sacramento e envio dos jovens pelo bispo de Angra, esta quinta-feira à noite, junto ao cais.

“Esta Aldeia está a fechar portas mas gostaríamos de as ter sempre abertas para Ti. Fizeste-me bispo, estão estes jovens, estes religiosos, estes adultos leigos… envia-nos; sabes que temos vontade de promover o teu reino neste mundo, faz-nos pescadores de homens. Somos pobres mas temos vontade. Ajuda-nos a levar a tua paz ao mundo. Conta connosco, Senhor”, desenvolveu D. Armando Esteves Domingues.

“Ajuda-nos a libertar o mundo do pecado; quem nos dera ir à Ucrânia e a Gaza, onde todos os dias somos vencidos pela tristeza que é ver aquelas crianças a levar com bombas em cima e com violência para irem buscar um bocado de pão.”

Com o lema ‘Jovem, anda p’ra cá’, a ‘Aldeia da Esperança’ congregou cerca de 300 jovens da Diocese de Angra, de sete ilhas dos Açores, não participam de duas, as ilhas do Corvo e da Graciosa, para uma semana de missão, descoberta e espiritualidade, de 21 a 25 de julho, na Caldeira da Fajã de Santo Cristo, Reserva da Biosfera na Ilha São Jorge.

“Foi tão bom preparar e construir convosco esta aldeia; ficarei com esse sabor  por muito tempo; podemos ter todas as estruturas do mundo mas uma aldeia constrói-se no amor concreto, na alegria em vos conhecer”, desenvolveu o bispo de Angra, que esteve com os jovens durante toda a semana da ‘Aldeia da Esperança’, na Missa.

Segundo D. Armando Esteves Domingues têm “as bases pra renovar a juventude” na diocese, e, a quem “está a pensar que não é capaz”, lembrou que “o mundo apresenta dificuldades – de habitação, de justiça, ensino, trabalho- por isso ninguém está fora”,

“Uma aldeia não basta. Estão contentes. Acham que chega? Uma aldeia não basta. Se queres construir uma cidade e que o fogo de Jesus se apegue, olha à tua volta e vê quem tem os mesmos ideais de Cristo, reza com Ele e vai deixando que o fogo do vosso amor se espalhe e chame outros. Constrói pontes e não muros!”, desenvolveu.

Na Missa, celebrada antes da bênção final e envio dos jovens, o bispo diocesano afirmou que “o encontro com Jesus é sempre uma conversão completa”, a partir da leitura do Evangelho de Mateus sobre o encontro entre Zaqueu e Jesus.

“Inspirados por Zaqueu, e depois desta semana, perguntemos: onde estou depois de Jesus ter entrado, em minha casa durante estes dias? Onde estamos ao fim destes dias? O que mudou na nossa vida?”, perguntou D. Armando Esteves Domingues, que orientou uma das oficinas vocacionais deste encontro diocesano.

CB/PR

Foto: Igreja Açores/CR

O responsável pela Ouvidoria de São Jorge, que acolheu a primeira ‘Aldeia da Esperança’ da Diocese de Angra, destacou que “pastoralmente todos estes jovens fizeram uma experiência de comunhão única”, pelo lugar mas também pelo que desenvolveram.

“O que se espera agora é uma renovação da pastoral juvenil que faça com que estes rapazes e raparigas que se deixaram tocar sejam também evangelizadores noutros ambientes”, acrescentou o padre Dinis Silveira, ao sítio online ‘Igreja Açores’.

O bispo de Angra anunciou que a segunda ‘Aldeia da Esperança’ vai realizar-se em julho de 2027, na Ouvidoria da Povoação, em São Miguel, na maior ilha dos Açores, no mesmo ano da edição internacional da Jornada Mundial da Juventude em Seul, a capital da Coreia do Sul.

“Foi com muita alegria e entusiasmo que agarramos este desafio para que seja uma grande Aldeia da Esperança. É para nós uma forma de nos revitalizarmos e de nos por à prova na nossa fé e na causa do Evangelho; um grande desafio depois desta primeira Aldeia”, disse o ouvidor, o padre Francisco Rodrigues.

 

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