Açores: Bispo de Angra destacou as qualidades pessoais e pastorais de D. Arquimínio Rodrigues da Costa

Presidente do governo regional publicou nota de pesar pelo falecimento do bispo emérito de Macau

Angra do Heroísmo, Açores, 14 set 2016 (Ecclesia) – O bispo de Angra presidiu às exéquias do bispo emérito de Macau, D. Arquimínio Rodrigues da Costa, e destacou as qualidades pessoais e pastorais do prelado que faleceu esta segunda-feira aos 92 anos, na ilha do Pico.

“Obrigado Senhor Dom Arquimínio pelo exemplo da sua vida, pelo testemunho eloquente das bem-aventuranças, pelo carregar da dor alheia à imagem do Bom Pastor que dá a vida pelas Suas ovelhas”, disse D. João Lavrador, na sua homilia, pronuciada esta terça-feira.

No Santuário do Senhor Bom Jesus do Pico, o prelado referiu que “todos” reconhecem, “e nunca é demais dizê-lo”, que o último bispo português de Macau viveu e testemunhou a “realidade nova que impregna as bem-aventuranças”.

D. João Lavrador disse na homilia que “de forma única, só possível aos grandes homens”, o prelado “soube sintonizar com todas as pessoas, com simplicidade e amizade” e foi sempre um “grande amante destas terras do Pico e sobretudo da sua terra natal”.

Já o presidente do governo Regional dos Açores destacou esta terça-feira o último bispo português de Macau foi um açoriano que “dedicou a sua vida a servir o próximo em várias paragens”, mas “sempre demonstrou um especial afeto pela sua ilha do Pico e pelos Açores”.

“Homem de vasta cultura, manteve sempre uma forte ligação ao povo açoriano, que soube reconhecer as enormes qualidades que sempre demonstrou nas várias dimensões da sua vida pessoal e sacerdotal”, referiu Vasco Cordeiro.

A publicação do Governo dos Açores informa ainda que nas condolências à Diocese de Angra, o presidente da região recordou que o percurso de vida de D. Arquimínio Rodrigues da Costa foi “merecedor da justa homenagem” da Região Autónoma dos Açores quando lhe atribuíram a Insígnia Autonómica de Reconhecimento em 2012, por intermédio da Assembleia Legislativa.

D. Arquimínio Rodrigues da Costa, nasceu em São Mateus a 8 de Julho de 1924; em 1938, juntamente com outros dois companheiros, foi levado para Macau por monsenhor José Machado Lourenço, missionário no Extremo Oriente.

O jovem entrou no seminário de S. José, completando os seus estudos eclesiásticos em Teologia em junho de 1949; foi ordenado sacerdote a 6 de outubro de 1949.

O cabido da Sé de Macau elegeu-o como vigário capitular da Diocese em 14 de junho de 1973; três anos depois, Paulo VI nomeou-o bispo de Macau, sucedendo ao também açoriano D. Paulo José Tavares, e a sua ordenação decorreu na Catedral Macaense a 25 de março de 1976.

A 6 de outubro de 1988, o Papa João Paulo II aceitou o seu pedido de resignação ao cargo de bispo de Macau; desde janeiro de 1989 fixou residência na sua terra natal.

A 7 de novembro de 1988 foi condecorado por Mário Soares, presidente da República Portuguesa, com o grau de Grã-Cruz da Ordem de Mérito.

CB

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Agência ECCLESIA

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