Açores: Bispo afirma que Sé de Angra procura «abraçar todos», crentes e não crentes

Vida da catedral diocesana vai ser marcada por diversas efemérides em 2018

Angra do Heroísmo, Açores, 11 jan 2018 (Ecclesia) – O bispo de Angra afirmou que a Sé diocesana procura “abraçar todos”, crentes e não crentes, num ano em que a catedral diocesana vai assinalar diversas efemérides.

“Olhar para o passado é olharmos para as raízes que nos são comuns e equacionarmos os desafios presentes e futuros. E esta casa representa esse passado mas também o presente e o futuro, procurando abarcar crentes e não crentes, abraçando todos”, disse D. João Lavrador, esta quarta-feira.

O sítio online ‘Igreja Açores’ contextualiza que a Sé de Angra assinala em 2018 os 450 anos do seu alvará régio, que permitiu o início da construção do primeiro edifício, os 400 anos do final da sua construção e os 25 anos da inauguração do órgão de tubos.

Esta quarta-feira, na catedral açoriana, foi inaugurada a exposição de fotografia ‘A Sé’, que foi organizada pela Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, e realizou-se a conferência ‘São Salvador de Angra – uma catedral sebástica’, pelo mestre em história da arte Mateus da Rocha Laranjeira.

O bispo de Angra destacou que a Sé “é a igreja-mãe da diocese”, explicando que se celebram não só 450 anos de um edifício mas também “de um lugar onde toda a Igreja diocesana se revê e sente como sinal do seu todo”.

Já o pároco da Sé realçou a “notoriedade” que a igreja dá à cidade e a sua “centralidade” na região, como “marco de unidade regional e de centralidade”.

“Do ponto de vista cristão e da fé, a Sé de Angra significa a unidade da fé e a eclesialidade. É aqui que está o bispo e onde está o bispo está a Igreja e a unidade da fé e dos cristãos”, acrescentou o cónego Hélder Fonseca Mendes, vigário-geral da Diocese de Angra.

O presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, presente no evento, observou que a cidade nasceu porque “foi desígnio real criar uma cidade para instalar a diocese”.

“Nascemos com meses de diferença e com um propósito único de criar a centralidade que depois permitiu o desenvolvimento da diocese que foi a primeira instituição de dimensão regional; portanto a primeira estrutura que abarcou todas as ilhas”, desenvolveu Álamo Meneses.

A Sé de Angra faz parte da Rota das Catedrais portuguesas e está classificada como monumento regional.

A pedra fundamental do templo açoriano foi lançada a 18 de novembro de 1570 e os trabalhos de construção realizaram-se por meio século, com, “pelo menos, um período de interrupção durante a crise de sucessão de 1580”, nos finais do século XVI.

O sítio ‘Igreja Açores’ recorda que se começou por construir a fachada principal, para que a antiga Igreja de São Salvador “pudesse continuar a servir ao culto” e foram construídas quatro capelas e as sacristias.

No início do século XVII foi construído um claustro que serviu de cemitério (século XIX) e desapareceu na década de 50 do século passado.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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