ACEGE: «Como cristãos, temos de mostrar ao mundo que não há lutas de classes» – João Pedro Tavares

 Após 10 anos, presidência da Associação Cristã de Empresários e Gestores vai ser assumida por Patrícia Liz, no encerramento do congresso sobre a esperança

Foto Inês Machado/ACEGE

Lisboa 29 mar 2025 (Ecclesia) – João Pedro Tavares afirmou que  a Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) está comprometida em trazer a Portugal a “visão positiva”, sendo “construtores de esperança”, e defende que, como cristãos, devem mostrar que “não há luta de classes”.

“Como cristãos, nós temos de mostrar ao mundo que não aqui lutas de classes. Temos de mostrar uma visão completamente diferente. Somos irmãos, temos perspetivas diferentes, mas estamos convergentes”, afirmou o presidente cessante da ACEGE em declarações à Agência ECCLESIA e à Renascença no Congresso Nacional da associação.

João Pedro Tavares referiu o trabalha “em conjunto” com várias associações de trabalho, a Comissão Justiça e Paz e “muitas outras entidades”, nomeadamente da Igreja Católica, “para uma linguagem de uma economia de bem comum”.

“Construtores da esperança” é o tema do Congresso Nacional da ACEGE, que iniciou esta sexta-feira, com a Missa e a sessão de abertura, e decorre ao longo deste sábado no Centro de Congressos de Lisboa com comunicações e testemunhos sobre a temática da esperança.

“O desafio, antes de ser colocado às empresas, é colocado às pessoas, aos líderes empresariais. E são eles que nós queremos inspirar a viver o amor e a verdade como critérios de gestão. E a partir daqui, nasce a esperança”, apontou João Pedro Tavares.

“Pessoas com mais esperança são 14% mais produtivas e pessoas felizes são 20% mais produtivas. Nós temos que ser líderes que promovem a felicidade nas pessoas”.

Para líder da ACEGE, a esperança pode nascer até “numa situação de desemprego, numa situação de doença, eu não posso perder a esperança”.

“Mesmo num despedimento, eu tenho que defender a dignidade da pessoa ao limite, e tenho que contextualizar a pessoa com a sua família. Portanto, nós estamos a devolver às empresas um conjunto de critérios essenciais, e é a aplicação de bons critérios que nos vai fomentar esta esperança”, afirmou.

João Pedro Tavares lembrou que o critério que apontam para a vivência da esperança não é a “espuma dos dias”, mas “um olhar de maior longo prazo”, um “olhar de eternidade”, contribuindo para que cada empresa seja um “elevador social”.

“Queremos precisamente erradicar a pobreza dentro das empresas, queremos proteger a família, queremos criar mais valor e poder distribuí-lo. E queremos ter uma visão de que a empresa vai para lá de lucro, a empresa tem um propósito social, económico, de desenvolvimento, de impacto ecológico muito significativo”, sustentou.

Após 10 anos a dirigir a Associação Cristã de Empresários e Gestores, João Pedro Tavares vai presidir à Associação Mundial de Empresários Cristãos (UNIAPAC), assumindo a presidência da ACEGE Patrícia Liz, no encerramento do Congresso Nacional, esta tarde.

PR

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