ACEGE: Bispo do Algarve partilhou «liderança servidora» com empresários e gestores cristãos

«A empresa é como se fosse uma diocese em miniatura», observou D. Manuel Quintas, que destacou o «movimento da sinodalidade»

Foto: Folha do Domingo/Samuel Mendonça

Faro, 29 out 2025 (Ecclesia) – O bispo do Algarve foi o convidado do núcleo algarvio da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) para o encontro de abertura do Ano Pastoral 2025/2026, e pediu que ponham a “render os talentos com sabedoria e com fé”.

“Ouvir colaboradores, dar prioridade ao bem comum sobre o lucro imediato, decisões éticas, escuta ativa das equipas e evitar o centralismo; a empresa é como se fosse uma diocese em miniatura”, disse D. Manuel Quintas, assinalando que “as empresas têm regras do mercado”, citado pelo jornal ‘Folha do Domingo’.

‘Jubileu Episcopal: 25 anos na gestão da Diocese do Algarve’, foi o tema para a reflexão do bispo diocesano no jantar-palestra de abertura do Ano Pastoral 2025/2026, do núcleo algarvio da ACEGE, no dia 23 de outubro, no Salão Paroquial de São Luís, em Faro, explicou o jornal diocesano, esta terça-feira.

Uma “liderança servidora”, indicou D. Manuel Quintas, sobre ser gestor na ‘Igreja-empresa’ e incentivou os 40 participantes a “iluminar a sua própria missão como gestor e empresário cristão”, pondo a “render os talentos com sabedoria e com fé”.

“Uma diocese, tal como uma empresa, é uma comunidade com uma missão definida que segue e propõe valores e que enfrenta desafios; a Igreja é uma instituição humana e tem necessariamente de gerir bens que tem (ou que não tem)”, referiu o bispo diocesano.

D. Manuel Quintas lembrou que é aconselhado pelos órgãos colegiais – Conselho Pastoral, Conselho Presbiteral, Conselho para os Assuntos Económicos e Colégio dos Consultores -, e que essa “dimensão está a ser muito desenvolvida na Igreja”, com o “movimento da sinodalidade que valoriza ainda mais o contributo de toda a comunidade”.

Para este responsável diocesano, “vigilante, guardião, visitador, aquele que apascenta, que cuida da comunidade, não procurando vantagens pessoais” são algumas das caraterísticas do perfil do bispo “como pastor e como administrador dos bens de Deus”.

O bispo do Algarve destacou também quatro virtudes “essenciais para definir o perfil de um bispo”, e “talvez do gestor”, apontadas pelo Papa Francisco e pelo cardeal Carlo Maria Martini, o arcebispo de Milão (1980-2002) que faleceu em 2012: Integridade, lealdade, paciência e misericórdia, e acrescentou as virtudes teologais – fé, esperança e caridade – e as virtudes cardeais – prudência, justiça, fortaleza e temperança.

Segundo D. Manuel Quintas que celebrou o 25.º aniversário da sua ordenação episcopal, no dia 3 de setembro de 2025, as “palavras que podem exprimir a missão” episcopal são “governar, administrar e pastorear com discernimento”, lê-se no jornal ‘Folha do Domingo’.

Este jantar-palestra de abertura do Ano Pastoral 2025/2026 da ACEGE na Diocese do Algarve começou com a celebração da Eucaristia, na igreja de São Luís, em Faro.

ACEGE, constituída em 1952, sob a denominação UCIDT – União Católica de Industriais e Dirigentes de Trabalho, é uma associação sem fins lucrativos e tem personalidade jurídico-canónica e civil, nos termos do artigo 10 da Concordata entre a Santa Sé e o Estado Português e do Cânone 215 do Código de Direito Canónico.

CB/OC

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