Vitor Faria é diretor do Centro Nacional de Atividades Escutistas de Idanha-a-Nova, que vai receber o evento entre 4 e 10 de agosto
Lisboa, 01 ago 2012 (Ecclesia) – O anfitrião do próximo Acampamento Nacional de Escuteiros (ACANAC), Vítor Faria, espera que o evento que arranca este sábado em Idanha-a-Nova se transforme numa “festa” e num “grande abraço” do movimento à sociedade.
Em entrevista concedida ao Programa ECCLESIA na Antena 1, que poderá ser acompanhada esta noite às 22h45, o diretor do Centro Nacional de Atividades Escutistas (CNAE) destaca a participação de mais de 17 mil crianças, adolescentes e jovens no encontro.
De acordo com aquele responsável, o número de inscritos demostra a “vontade” com que os mais novos se entregam às atividades, um entusiasmo que não pode ser desperdiçado.
“O grande desafio é servir melhor as crianças e os jovens e responder cada vez mais com estruturas e com gente preparada para as receber”, sublinha o coordenador do campo de operações que vai acolher o 22º ACANAC, e que está implantado na região de Castelo Branco, 250 km a nordeste de Lisboa.
Com uma ligação de mais de 50 anos ao escutismo, Vítor Faria já acompanhou muitos acampamentos nacionais mas recorda particularmente o primeiro em que esteve, há 48 anos, na Serra da Estrela.
Em 1968, “juntar 300 ou 400 pessoas já era muito bom”, porque o movimento em Portugal ainda não tinha a expressão que tem hoje.
No entanto, o diretor do CNAE diz que viveu uma experiência marcante, pelo confronto com a natureza – “na Serra da Estrela podem estar zero graus em agosto” – e principalmente pelo ambiente de camaradagem que se gerou entre grupos provenientes de diversas regiões do país e também do estrangeiro.
“Na altura o escutismo na Polónia estava proibido mas os filhos dos polacos no exílio vinham cá. Em todas as nossas equipas tínhamos um jovem polaco e foi muito interessante esta partilha”, aponta Vítor Faria, que destaca também os “dirigentes generosos e dedicados” que foi conhecendo ao longo dos anos.
A poucos dias do ACANAC 2012, o escuteiro de 65 anos destaca ainda a importância de atividades ao ar livre, que permitem “descobrir e estar em contacto com a natureza”.
“Em vez de fazermos reuniões de sede vamos reunir para o jardim, em vez de irmos ao cinema ou ao futebol, vamos para o campo, fazer um raide ou andar a pé”, sublinhou.
O ACANAC 2012 – Acampamento Nacional de Escuteiros vai ter como lema «Educar para a Vida», lançado pela Organização Mundial do Movimento Escutista para responder à questão “que pretende/faz o Escutismo”.
A atividade, que se realiza habitualmente a cada quatro anos, vai receber 2800 “lobitos” (dos 6 aos 10 anos), 5800 “exploradores” (entre os 10 e os 14 anos), 5600 “pioneiros” (dos 14 aos 18), 2100 “caminheiros” (a partir dos 18 até aos 22 anos) e 700 adultos.
PRE/JCP