Conferências paulinas desafiam cristãos a «tornar Igreja mais dinâmica, peregrina e incarnada na vida» São Paulo é a figura central das conferências que o Centro Académico de Democracia Cristã e sacerdotes fransciscanos estão a realizar ao longo deste Ano Paulino. “São Paulo foi um académico, talvez dos primeiros cristãos, o que maior formação académica teve. Paulo esteve na melhor escola, que havia à época, em Jerusalém, e contactou com os professores mais importantes. Há, portanto, uma grande sintonia com o actual mundo académico”, explica à Agência ECCLESIA o Pe. Nuno Santos, assistente do CADC. As conferências Paulinas são uma oportunidade para questionar como pode o mundo académico “ajudar a viver a vida. Paulo, com os ensinamentos que recolheu, viveu a sua vida com coerência e com o desafio de levar, mais longe, uma mensagem de humanidade”. O assistente do CADC explica que, no mundo actual e académico, “somos desafiados também a, com coerência, levar a mensagem mais longe”. As conferências destinam-se a envolver toda a população académica. No entanto, a resposta positiva tem chegado também da população em geral. O Ano Paulino é um desafio para a Igreja. Recordando palavras do Pe. Tolentino Mendonça, o primeiro conferencista do ciclo, o Pe. Nuno Santos aponta que “pensar em Paulo é olhar para a Igreja de outra forma. Esta é uma oportunidade de ver uma Igreja mais dinâmica, mais peregrina, a formar comunidade, a entrar na vida concreta das pessoas e, por isso, uma Igreja mais próxima das pessoas”. A capacidade de perceber que Deus acontece na vida concreta das pessoas é para o sacerdote o grande desafio. “Pensar Deus não como alguém fechado nas Igrejas, mas que está na rua e na nossa vida”. É, por isso, importante “que a fé saia das igrejas e da sacristia, e faça a ligação com o espaço público, onde somos sempre convidados a permanecer cristãos e a viver a experiência de fé no quotidiano”. As conferências paulinas são mensais. No próximo mês de Fevereiro, o convidado é Luís Umbelino, da Faculdade de Letras de Coimbra. Em Março, o convidado será Gonçalo Dinis, do Instituto de Estudos Teológicos e em Abril, o economista João César das Neves. Em Maio, Joaquim Carreira das Neves é o convidado, e o ciclo termina com Isidro Lamelas, em Junho.