Congresso nacional da Federação Portuguesa pela Vida marcado pelo lançamento de petição «Defender o futuro»
Lisboa, 16 mar 2012 (Ecclesia) – A Federação Portuguesa pela Vida (FPV) promoveu hoje em Lisboa o seu segundo congresso nacional, cujo documento conclusivo refere que o aborto foi transformado num ato “financiado e promovido pelo Estado”.
“Apesar de, no contexto de crise, haver redução de despesas na saúde, essa contenção não existe para a prática de abortos”, indica a nota final dos trabalhos, enviada à Agência ECCLESIA.
Segundo números apresentados aos participantes no evento, desde a alteração legal de 2007, com a despenalização do aborto, 85 mil mulheres interromperam a gravidez “por opção”.
A FPV fala em “banalização”, “liberalização e promoção” do aborto desde o referendo sobre esta matéria, há cinco anos, criticando, por exemplo, o pagamento de “licenças por aborto de 14 a 30 dias pagas a 100%”.
Os dados divulgados destacam ainda que as “reincidências aumentam todos os anos” e que em Portugal “persiste o aborto clandestino”.
O congresso terminou com o lançamento público da petição “Defender o Futuro”, que conta entre os seus primeiros subscritores com “diversas personalidades da vida cultural, económica, social e política do país”, como António Bagão Félix, Manuel Braga da Cruz, João Luís César das Neves ou António Gentil Martins.
Este documento pede leis que “coloquem e reconheçam a família como fundamento da organização Social”, “reconheçam ao casamento “as funções para que está vocacionado”, “apelem a uma maternidade e paternidade responsáveis” e “protejam e promovam a natalidade e a vida humana em todas as suas fases, desde a conceção até à morte natural”.
O congresso nacional da FPV deixou críticas a “algumas das leis sobre matérias ditas ‘fraturantes’, aprovadas nos últimos seis anos”, como aborto, reprodução artificial, casamento entre homossexuais, mudança de sexo, divórcio e educação sexual.
Os participantes avaliaram “se e em que termos se justifica introduzir modificações nestas leis”.
OC