D. Jacinto Botelho diz que «a vida é um valor absoluto»
Lamego, Viseu, 04 ago 2011 (Ecclesia) – O bispo de Lamego tornou hoje público hoje o seu “apoio incondicional” ao grupo de cidadãos que procura recolher as assinaturas necessárias para um referendo sobre o aborto e a eutanásia.
“A Comissão pro referendo Vida está a promover um conjunto de iniciativas que visam promover a alteração da atual lei do aborto, vigente em Portugal. Por este meio, gostaria de manifestar a esta Comissão o meu apoio incondicional nesta iniciativa, pois a vida é um valor absoluto que é necessário defender”, escreve D. Jacinto Botelho, num comunicado publicado na página da diocese na internet.
“O prelado associa-se, desta maneira, a uma iniciativa popular que procura lutar contra o flagelo do aborto no nosso país, através da alteração da atual lei, que fragiliza a proteção da vida humana desde a sua concepção”, assinala, por seu lado, uma nota do Gabinete de Imprensa diocesano, enviado à Agência ECCLESIA.
Segundo a diocese, o gesto de D. Jacinto Botelho procura “encorajar todos aqueles que, dentro e fora da Igreja, promovem, incansavelmente, iniciativas que visam a protecção dos mais débeis”.
“O seu apoio dirige-se, particularmente, a todos os leigos que se encontram na primeira linha de apoiar a vida, com iniciativas concretas e corajosas, que têm ajudado tantas mães a não dar o dramático passo de abortarem os seus filhos”, acrescenta a nota.
No último dia 29 de julho, vários líderes religiosos cristãos, judaicos e muçulmanos começaram a receber uma carta a solicitar o seu apoio à recolha de assinaturas para um referendo que vise garantir a “inviolabilidade da vida humana” na legislação portuguesa.
O grupo promotor desta iniciativa manifestou a sua intenção de “banir o ‘aborto a pedido’ e atalhar a eutanásia”.
“Concorda que a legislação portuguesa garanta a Inviolabilidade da Vida Humana, desde o momento da conceção até à morte natural?” é a pergunta proposta pela ‘Comissão pro referendo Vida’.
Este grupo de cidadãos considera que nos referendos sobre a legalização do aborto, “os votantes de 1997 e 2007 não estavam a decidir sobre o seu próprio direito à vida mas apenas sobre o direito de terceiros, sem voz nem voto”.
Outra questão levantada pelo grupo pró-referendo é a do final da vida, que se prevê venha a ser colocada brevemente a nível parlamentar.
“Não podemos permitir que de um debate tão sério sobre o ‘direito à Vida’ nenhuma indicação seja dada ao legislador sobre o sentido da vontade geral dos portugueses relativamente à ‘eutanásia’, que alguns porfiam em trazer para Portugal, em vez da aposta verdadeiramente humana numa rede de cuidados paliativos”, indica equipa que lançou a petição por um novo referendo.
A ‘comissão pro referendo Vida’ tem a seguinte constituição: Leonor Ribeiro e Castro, Maria das Dores Folque, Vera de Abreu Coelho, Carlos Fernandes, Luís Botelho, Luís Paiva, Miguel Lima, Rodrigo Castro.
OC