Não há dúvida que estamos num mundo cada vez mais doente! As estradas do nosso país são um ver se te avias numa corrida louca, não sei para quê. Para bastantes, para a morte fatal própria ou muitas vezes de inocentes que, cumprindo os limites de velocidade e o código da estrada, são atropelados ou acidentados por motoristas assassinos. É isso mesmo. Há dias, passei numa casa onde vive um meu colega. Surpreendeu-me com uma notícia: “olha! logo vou fazer mais um funeral de um jovem desastrado. Vinte e um anos de idade. Um carro de luxo, espampanante. Uma bomba. Às cinco da manhã vinha da discoteca. Bem bebido e bem regalado. Foi parar fora da estrada. Morte imediata. E o ponteiro do conta quilómetros lá estava a indicar que o carro morreu também nos 200 kms/hora. Surpreendidos por mais um caso que neste nosso país é muito frequente. Álcool, mania da velocidade, cabeça desgovernada. Ao menos desta vez fez uma coisa bem feita: matou-se sozinho. Respeitou os colegas não os levando com ele para a morte. Com lágrimas de saudade, talvez, mas estão-lhe agradecidos, sim senhor. Até quando terei eu de viajar como alguns outros, do Porto a Coimbra na Auto Estrada, dentro dos limites dos 120 kms e ver todos os carros, carrinhos e “carroças” ligeiros a ultrapassarem-me?! Serei eu o “azelha” ou andará o grosso da coluna a desafiar ou outros condutores com a “velozmania” em contínuo raly de morte, ou pelo menos de desassossego?! Já não percebo nada ou cada vez percebo menos. Que alguns queiram matar-se na estrada… é uma coisa como outra qualquer. Mas deixem em paz os que ainda querem viver porque a vida é o dom mais belo que Deus nos deu e, muito mais ainda, quando se tenta fazer o bem, nesse tempo que Deus nos dá! Armando Soares Revista BOA NOVA