«A subsidiariedade deve gerar inclusão»

Boletim Estatístico aponta para 225 mil pessoas a receber o Rendimento Social de Inserção Mais de 225 mil pessoas recebiam o Rendimento Social de Inserção no passado mês de Maio, segundo dados constantes no Boletim Estatístico da Direcção-Geral de Estudos, Estatística e Planeamento divulgado ontem. Este número refere-se às pessoas que beneficiaram do Rendimento Mínimo Garantido, lançado no governo de António Guterres, e às que beneficiam do agora chamado Rendimento Social de Inserção. “Houve de facto um aumento, mas esta soma deve ser esclarecida para não sermos demasiado alarmados” refere o padre Agostinho jardim Moreira, presidente da direcção em Portugal, da Rede Europeia Anti – Pobreza (REAPN). “É importante ver é que houve um aumento significativo na região do Porto” refere, atingindo quase o dobro de Lisboa. “Aqui se reflecte a falta de emprego, com o fecho de várias fábricas, a fraca qualidade profissional das pessoas, a falta de formação e capacidade económica” salienta. O Porto é o distrito que tem o PIB menor no país, tornando-se assim a zona mais pobre. “Assiste-se a uma crise económica onde as pessoas não são incluídas na vida activa” refere. Aponta como soluções para este problema “o esforço conjunto de pensar numa sociedade em que todos possam participar activamente e que seja dignificante para todos” explica o Padre Agostinho Moreira, pois “o problema não é de um só é de todos. Não podemos deixar que os ricos fiquem mais ricos e os pobres mais pobres. Isto é fruto da sociedade capitalista desenfreada que temos e para ultrapassar tem de se tocar no problema de fundo”. A solução é “insistir na inclusão. Não bastam subsídios. É sim necessário um plano integrado para que as pessoas se incluam na sociedade. O princípio da subsidiariedade deve ser seriamente aplicado. Se assim for, haverá respostas mais prontas, mais eficazes e mais baratas” refere o presidente da REAPN. Até porque, refere “ao questão da pobreza está na agenda política, mas não é da competência exclusiva do estado. As autarquias, a sociedade civil, as empresas e as instituições devem actuar também de forma a criar uma rede social. É fundamental caso contrário o estado não consegue chegar às necessidades locais” finaliza.

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