Nunca quis ser professora – mas hoje é uma feliz docente de Biologia na Casa Pia, em Lisboa, local onde diz que não dá aulas, mas procura dar voz aos alunos e despertar neles o gosto por uma aprendizagem adequada aos seus interesses.
Foi na aldeia que aprendeu a crescer «sem nojo» da lama e sujidade e se encantou pelos processos naturais; foi no estudo das plantas que ganhou a certeza do quanto a humanidade tem a aprender com elas, e que é a atitude de graça, e não de direito, que deve reger as relações humanas, porque estamos num «contágio perpétuo» e recíproco.
Em casa de Margarida Zoccoli, as cores mudam a cada estação do ano, porque a pessoa não está separada do tempo e da natureza; ali pratica-se também o lixo «z(h)ero», projeto que desenvolve na Casa Pia, e entende ser o único caminho para cuidar desta casa comum.