A paz deve ser defendida pela inteligência do Direito

Homilia do Bispo das Forças Armadas e de Segurança no dia do Exército D. Januário Torgal Ferreira considera que não é justo que os poderes constituídos exijam dos militares “o que a diplomacia e o diálogo internacional não conseguiram”. “Estes terão que continuar, sem desconforto, o árduo trilho que motiva uma ordem justa”, apontou. O Bispo das Forças Armadas e de Segurança presidiu na Igreja da Lapa, Porto, à Eucaristia do dia do Exército, tendo lembrado que “no mundo precisamos de paz, defendida pela inteligência do direito e pelo fulgor de toda uma cultura”. “As armas têm cada vez mais o objectivo de responsabilizarem os governos e os poderosos do mundo em não irem, em todas as situações, para o campo de batalha, desrespeitando a vida e os maiores critérios da civilização”, referiu D. Januário Torgal Ferreira na sua homilia. D. Januário louvou o Exército português “pelo exemplo dos seus membros, pela memória do sangue derramado e dos seus mortos e pela sua dedicação ao povo”. “O Exército, pela sua história de progresso e devotamento, sempre viveu a austeridade, o realismo da existência, a proximidade com as populações e a elasticidade da epiderme que se colou a todo o corpo geográfico de Portugal”, vincou. No decorrer da sua homilia, o prelado assinalou que “estamos ainda longe do que devia ser um povo regido pela justiça e pela partilha dos bens”.

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