A ousadia missionária de Madre Clara

Lisboa, 21 mai 2011 (Ecclesia) – Na homilia da celebração de beatificação de Madre Clara, D. José Policarpo destacou a “ousadia missionária” e a “firmeza” mostrada perante “todas as dificuldades” da nova beata portuguesa.

Hoje, no estádio do Restelo (Lisboa) o álbum dos beatos ficou enriquecido com a inscrição de Madre Clara do Menino Jesus.

Numa celebração presidida por D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa, e que teve como presidente no rito de beatificação o representante de Bento XVI, cardeal Angelo Amato, D. José Policarpo frisou que “não desistir é apanágio dos santos”.

Subordinada ao tema «A Santidade é a identidade do cristão», o Cardeal-Patriarca de Lisboa referiu na homilia que a fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras do Imaculado Coração (CONFHIC) foi de uma “ousadia notável” e “não copiou nenhuma já existente”, pois “queria responder ao momento que então se vivia”.

Nascida e batizada em Lisboa, Madre Maria Clara do Menino Jesus nasceu num “tempo singular e sentiu os desafios de ser cristã e de ser Igreja, numa sociedade cultural e politicamente a afastar-se do ideal cristão” – proferiu o celebrante.

“As crises sociais e as epidemias da peste indicaram-lhe os pobres como destinatários do seu amor”, no entanto, a beata portuguesa percebeu que “a mulher que quer ser santa é chamada a ser uma explosão do amor de Deus, aquele amor que transforma o mundo”- acrescentou.

A recente beata, Libânia do Carmo Galvão Mexia de Moura Telles e Albuquerque, nasceu na Amadora, em Lisboa, a 15 de junho de 1843, e recebeu o hábito de Capuchinha, em 1869, escolhendo o nome de Irmã Maria Clara do Menino Jesus.

A religiosa foi enviada a Calais, França, a 10 de fevereiro de 1870, para fazer o noviciado, na intenção de fundar, depois, em Portugal, uma nova Congregação, pelo que abriu a primeira comunidade da CONFHIC em S. Patrício – Lisboa, no dia 3 de maio de 1871 e, cinco anos depois, a 27 de março de 1876, a Congregação é aprovada pela Santa Sé.

A «mãe Clara», como é popularmente conhecida, morreu em Lisboa, no dia 1 de dezembro de 1899, e o seu processo de canonização viria a iniciar-se em 1995.

LFS

 

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Agência ECCLESIA

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