A nobreza de integrar os refugiados e imigrantes

Acolher e ajudar refugiados e imigrantes a integrarem-se numa nova sociedade é uma atitude do mais nobre que há no ser humano, enalteceu esta ontem (1 de Junho) o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo na cerimónia de inauguração da nova sede do Serviço Jesuíta aos Refugiados, no Alto do Lumiar. Apesar de moderna e espaçosa, a nova sede foi pequena para acolher todos os que quiseram marcar presença na inauguração. D. José Policarpo abençoou o novo edifício e lembrou que a missão de acolher quem precisa é desígnio da fé cristã. O Cardeal Patriarca sublinhou ainda que, felizmente, é cada vez maior a percepção da humanidade para a situação dos refugiados. Também presente na cerimonia esteve o presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana, que na Igreja tutela a área das Migrações D. Vitalino Dantas salientou a importância deste tipo de instituições de solidariedade social, “para que as pessoas que estão em necessidade não se encontrem totalmente entregues às mafias ou à rua”. Este é um esforço que também foi sublinhado pelo Alto Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas, Rui Marques, para quem é “fundamental” que instituições da sociedade civil, como o Serviço Jesuíta aos Refugiados, assumam a tarefa de “acolher e integrar”. No final da cerimónia, Rosário Farmhouse, directora do Serviço Jesuíta aos Refugiados fez questão de sublinhar que, agora, com uma nova sede, a instituição vai permanecer fiel à sua missão. Apesar de inaugurar novas instalações, esta instituição particular de solidariedade social atravessa uma grave crise financeira e admite mesmo vir a fechar algumas valências se, entretanto, não chegarem as ajudas de que tanto precisa. É que as despesas anuais são na ordem dos 150 mil euros, sem apoios do Estado, apesar de aguardar a resposta da Segurança Social a um pedido de ajuda feito há já alguns meses. D. Vitalino Dantas considera que o Governo tem de mostrar mais interesse por esta situação, uma opinião partilhado pelo Alto Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas. Rui Marques espera que o Serviço Jesuíta aos Refugiados consiga o acordo com a Segurança Social.

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