Palavras de João Paulo II no Angelus João Paulo II apelou ontem aos católicos para rezarem pelos defuntos, convidando os crentes a não encararem a morte como uma última palavra do destino humano. “Desde sempre a Igreja exortou que se rezasse pelos defuntos. A Igreja convida os crentes a olhar para o mistério da morte não como a última palavra sobre o destino humano, mas como uma passagem para a vida eterna”, disse ontem antes da oração do Angelus. Perante cerca de 10.000 peregrinos, reunidos na Praça de São Pedro, o Papa prosseguiu a reflexão sobre o significado da morte e da eternidade, iniciada no sábado, Dia de Todos os Santos. João Paulo II lembrou então aos fiéis que era “importante e seu dever visitarem os cemitérios e rezar pelos mortos”. Com 83 anos, o Papa, cuja saúde piorou nos últimos tempos, tinha hoje com ar bastante cansado. Começou a ler o breve discurso com voz firme, mas teve de fazer várias interrupções para retomar o fôlego. Depois da oração mariana, João Paulo II improvisou algumas frases em polaco para se dirigir aos compatriotas presentes, tendo nomeadamente agradecido aos fiéis de Cracóvia (sul da Polónia) as orações de muitos, nestes dias, junto das campas de seus pais e irmão, no cemitério de Rakowicki.