A missão do Colégio Cardinalício

O senado da Igreja Dos 30 novos cardeais hoje publicamente proclamados por João Paulo II, 26 são eleitores do Papa, visto que sua idade é inferior a 80 anos. Com o Consistório de terça-feira, o Colégio Cardinalício ficará formado por 194 cardeais, 135 deles eleitores e 59 não-eleitores, mais o cardeal «in pectore». As funções dos membros do Colégio Cardinalício vão, contudo, além da eleição do Romano Pontífice. Segundo D. Karel Kasteel, decano da Câmara Apostólica, «a sua primeira tarefa é a de ser o Senado da Igreja.” Portanto, qualquer cardeal é, acima de tudo, um conselheiro específico do Papa que pode ser consultado em determinados assuntos quando aquele o desejar, “pessoal ou colegialmente». «Como sabemos, neste momento reuniu todo o Colégio Cardinalício e poderá, portanto, tratar com eles todas as questões que desejar», declarou D. Kasteel. Uma das funções da Câmara Apostólica, aquela por que é mais conhecida, é a de garantir o correcto desenvolvimento do Conclave – reunião do colégio de eleitores para escolher um novo Papa – de acordo com as normas previstas. Organismo que se remonta mil anos, a Câmara é a entidade mais antiga da Cúria Romana e dele emanam os demais Dicastérios. Na vacância da Sá Apostólica tem a autoridade prevista pela Constituição Apostólica “Universi Dominici Gregis”: o cardeal camerlengo, ajudado por outros membros da Câmara, dispõe todo o necessário para o bem da Igreja até que seja eleito um novo Papa. Ao contrário, «em “sede plena”, isto é, quando o Papa está, pode confiar à Câmara Apostólica qualquer tarefa que desejar», explicita D. Karel Kasteel.

Partilhar:
Scroll to Top