Católicos devem «reforçar a partilha de bens», salienta D. António Sousa Braga, que revelou resultado da Renúncia Quaresmal de 2012
Angra do Heroísmo, Açores, 06 fev 2013 (Ecclesia) – O bispo de Angra considera que “o melhor jejum e penitência” que os católicos podem fazer na Quaresma é “socorrer” quem precisa.
Portugal está a atravessar “uma crise muito grave, que afeta, sobretudo, os mais desfavorecidos”, pelo que os fiéis devem “reforçar a partilha de bens”, frisa D. António Sousa Braga na mensagem da Quaresma publicada no site da diocese açoriana, sediada na Ilha Terceira.
O prelado pede aos diocesanos que manifestem a sua fé “na prática da caridade” e sublinha que cada cristão “tem de sentir a obrigação de concretizar o amor do próximo, no ambiente em que vive e trabalha, promovendo a solidariedade de proximidade”, agindo em “coerência com a fé professada”.
Depois de anunciar que a Renúncia Quaresmal de 2012 juntou 11 348,62 euros, D. António Braga apela à adesão a esta forma de penitência, em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo.
“Ao longo da caminhada quaresmal, vamos renunciar a algo, não só supérfluo, mas também necessário, para ajudarmos quem mais precisa”, indica o prelado, acrescentando que cada paróquia vai fazer chegar aos “mais necessitados” as ofertas dos fiéis.
A mensagem também se refere à Semana Nacional da Cáritas, de 24 de fevereiro a 3 de março, subordinada ao lema «Fé comprometida, cidadania ativa», formulação que resulta do Ano da Fé, que a Igreja Católica promove até 24 de novembro, e o Ano Europeu dos Cidadãos, que decorre em 2013.
A instituição católica de solidariedade, que “está a prestar um relevante serviço à população, neste momento difícil”, precisa de ajuda porque os “pedidos de ajuda aumentam”, refere.
D. António Braga quer que até ao fim do Ano da Fé todas as paróquias ou regiões pastorais tenham “um grupo organizado de Pastoral Social”, qualquer que seja a sua designação, pois “o que importa é que haja uma expressão comunitária e organizada do Serviço da Caridade”.
“O anúncio e, porventura, a denúncia” têm de ser acompanhados “por uma ação comunitária organizada”, frisa.
A Quaresma, que este ano começa a 13 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas, é um período de 40 dias em que os católicos são chamados a práticas de jejum, penitência e esmola para preparar a Páscoa, a festa mais importante do calendário cristão que assinala a ressurreição de Jesus.
RJM