No seu discurso aos participantes do Congresso Internacional da Confederação Beneditina, o Bento XVI destacou esta manhã (dia 20 de Setembro) o papel dos beneditinos num mundo secularizado e numa época marcada por uma preocupante cultura do vazio e do “sem sentido”. Neste mundo, os beneditinos são chamados a anunciar a primazia de Deus e a formular propostas de eventuais novos percursos de evangelização. Bento XVI recordou que os mosteiros beneditinos são locais onde homens e mulheres acorrem para buscar Deus e aprender a reconhecer os sinais da presença de Cristo, da sua caridade e da sua misericórdia. Os beneditinos, afirmou, são custódios do património de uma espiritualidade radicalmente ancorada no Evangelho. Por isso, devem comunicar e doar aos outros os frutos da sua experiência interior, especialmente, em favor das novas gerações. “De facto, é de primária importância preparar os jovens a enfrentar o seu futuro e a confrontar-se com as múltiplas exigências da sociedade, tendo como referência constante a mensagem evangélica, que é sempre actual, inesgotável e vivificante. Por isso, dediquem-se com renovado ardor apostólico aos jovens, que são o futuro da Igreja e da humanidade.” Na verdade, precisou Bento XVI, esta acção pastoral e formativa é necessária para toda a família humana. Sobretudo em algumas partes do mundo, como a Ásia e a África. Os beneditinos, portanto, devem deixar-se guiar pelo íntimo desejo de servir com caridade todos os homens, sem distinção de raça e de religião. Por fim, uma palavra especial às monjas e irmãs beneditinas, que, como outras famílias religiosas, sofrem com a escassez de novas vocações. “Não se deixem desencorajar, mas enfrentem essas dolorosas situações de crise com serenidade e com a consciência de que a cada um é pedido não o sucesso, mas o empenho da fidelidade. O que deve ser absolutamente evitado é a falta de adesão espiritual ao Senhor e à própria vocação e missão.” Com Radio Vaticano