«A Igreja tem que aprender a ser fermento»

Disse o Pe. Vasco Magalhães nas conferências quaresmais da cidade de Coimbra “Família sim, Casamento não?”. As respostas da sociedade a esta questão são, hoje, muitas e diferentes e têm por base mudanças de mentalidade e de formas de viver que o padre jesuíta Vasco Magalhães disse exigirem uma readaptação contínua de cada um de nós. Falando na segunda Conferência Quaresmal deste ano, no Salão Polivalente de S. José, o director do Centro Universitário Padre António Vieira, no Porto, apontou o individualismo e a procura de segurança sem compromisso como as marcas de uma cultura que rejeita cada vez mais frequentemente o casamento. “A Igreja tem, por isso, que aprender a ser o resto”, a minoria, o fermento na massa. Para o padre Vasco Magalhães é importante conferir ao casamento a dimensão de uma missão a dois que se transforma num ideal de comunhão. Numa sociedade onde o entendimento que se faz do amor se liga á satisfação do eu e à ausência de qualquer tipo de sacrifício, é importante também educar para a afectividade e, sobretudo para a maturidade afectiva que nos impele a tomar decisões fundadas no amor. Num mundo em que a economia, a política e a ciência criam e recriam constantemente novas fórmulas culturais, o padre Vasco Magalhães sublinha a importância das novas gerações, afirmando que “não podemos deixar de acreditar nelas nem desistir delas”, já que a inteligência afectiva deve crescer com elas e tornar-se sólida pela educação. Como caminhos e soluções, o conferencista dirigiu-se aos cristãos pedindo-lhes que denunciem o que está errado, que apresentem a família e o casamento de forma convincente, que anunciem e apliquem uma pastoral da felicidade assente na redescoberta do Amor sentido e vivido. A próxima Conferência Quaresmal, no dia 15 de Março, sobre a “relação pais filhos”será conduzida por Eduardo Sá, professor da Faculdade de Psicologia.

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