A Igreja na Bósnia-Herzegóvina levanta as igrejas destruídas

A visita de João Paulo II à Bósnia-Herzegovina serviu para atrair a atenção dos católicos do mundo sobre a reconstrução da Igreja católica no país que, por causa da guerra de 1992-1995, perdeu a metade dos católicos (hoje são 461.000). A destruição de capelas e templos foi uma das feridas mais visíveis da guerra, e a sua reconstrução constitui uma das tarefas que a Igreja local tem de enfrentar actualmente. Somente na diocese de Banja Luka, visitada este Domingo pelo Papa, foram destruídas 39 igrejas e 22 sofreram danos consideráveis; 9 capelas foram destruídas e 14 sofreram danos consideráveis; 2 conventos foram destruídos e um sofreu danos consideráveis. Na sua saudação ao Papa, durante a missa de beatificação de Ivan Merz (1896-1928), o bispo da cidade, Franjo Komarica, denunciou que “por vontade dos poderosos desta terra, a Igreja nesta região encontra-se hoje à beira de uma completa eliminação”. «Milhares de católicos encontram-se à espera de poder regressar às suas próprias casas e paróquias –acrescentou–. Apesar das grandes feridas, nós tratamos de fazer o bem a todos, promovendo sem descanso a reconciliação baseada na verdade, na justiça, e no autêntico perdão». A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, associação de direito pontifício, está comprometida há anos em ajudar a Igreja em Bósnia-Herzegovina na reconstrução dos seus templos queimados ou bombardeados durante a guerra. O mosteiro franciscano da Santíssima Trindade em Petricevac, Banja Luka, onde o Papa ofereceu e pediu perdão pelos crimes do passado, inclusive os dos católicos, é um exemplo desta tarefa de reconstrução. Na noite de 6 a 7 de Maio de 1995, os extremistas sérvios de Petricevac destruíram totalmente a igreja paroquial e atearam fogo ao mosteiro franciscano vizinho, causando a morte de um frei. Dois anos mais tarde, os Franciscanos decidiram reconstruir seu mosteiro para poder oferecer seu serviço pastoral e dar uma esperança de regresso aos católicos desabrigados e refugiados. Dada a dificílima situação económica –o desemprego entre a população é de 50%– nem os Franciscanos nem a diocese estão em condições de financiar o projecto. Por esta razão, «Ajuda à Igreja Necessitada» contribuiu com 8.000 Euros.

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