Para voltar a ser criativo, o cinema tem de redescobrir o que é o ser humano, a natureza mais profunda do homem e da mulher, considera o patriarca de Veneza, cidade que acolhe o seu prestigiado Festival de Cinema. «A arte do cinema é, talvez, uma das figuras mais elevadas, capaz de penetrar no núcleo paradoxal da liberdade do homem», explicou o arcebispo Angelo Scola esta quarta-feira numaervenção perante os membros do Jurado internacional «Signis» – a Associação Católica Mundial para a Comunicação – da edição número 60 do Festival. «Vale a pena deter-se a partir do ponto de vista moral para constatar até que ponto esta forma expressiva está em crise hoje, por causa da falta de realizadores, guionistas e actores capazes de contar o que é o humano», acrescentou o Patriarca, segundo a agência SIR. Segundo D. Scola «o cristão procura com grande curiosidade aqueles que são capazes de insinuar com comparações, de maneira eficaz, o eco do Infinito no finito. Quando um filme alcança este objectivo encontra nos corações um eco imediato, a capacidade de entretenimento e o gosto de comunicar isto”, concluiu.
