José Luís Nunes Martins
Se perguntássemos a toda a gente o que quer ser, a maioria esmagadora responderá que quer ser feliz.
No entanto, a felicidade depende do que cada pessoa precisa para se realizar de forma plena. Uma vez que não há duas pessoas iguais, não felicidades iguais, por isso, qualquer tentativa de estabelecer fórmulas universais está condenada ao fracasso.
Sabemos quase sempre o que queremos, mas a verdade é que quase nunca precisamos daquilo que queremos. Talvez uma fórmula eficaz para garantir a infelicidade de alguém seja a de lhe dar tudo o que querer.
A maior parte de nós teme a opinião dos outros, razão pela qual acabamos por ter limites interiores que nos impedem de pensar e sentir de uma forma mais livre. Queremos agradar aos outros, pelo que procuramos as nossas respostas mais nas modas e nas opiniões alheias do que naquilo que reside no fundo de nós.
A felicidade é uma verdade, não um fingimento. É gratidão, não insatisfação.
Ser feliz passa por identificar com precisão as nossas necessidades mais íntimas, assumi-las e buscar aquilo que as completa. Qualquer preocupação com as modas é uma superficialidade e uma perda de tempo.
A felicidade talvez passe mais por deitar fora do que por conquistar.
Descomplicar, reduzir ao essencial, renunciar às tentações do superficial…
O que tens de fazer tu para que a tua alma fique em paz?
Fazer outros felizes?