A fama de santidade da Irmã Rita

Foi Instituído o Tribunal para a causa de canonização da “simples religiosa” das Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora A Irmã Maria Rita de Jesus foi “uma simples religiosa” das Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora que nasceu no Porto, em 1885, e faleceu também naquela cidade, em 1965. No passado dia 29 de Maio foi instituído o Tribunal que assumirá os tramites necessários para a Causa de Canonização desta religiosa que teve “um percurso curioso”. Primeiro teve que cuidar dos pais e trabalhar na costura, só após o falecimento destes é que “entrou na vida religiosa” – disse à Agência ECCLESIA o Cón. Carlos Azevedo, Postulador para esta Causa. A formação religiosa recebeu-a em França e aí conheceu a “espiritualidade ao Menino Jesus”. Na altura da República era complicado ministrar formação religiosa em Portugal. Depois deste percurso inicial foi para a “Argentina e ali começou a trabalhar junto de doentes: terminais e com experiências difíceis” – referiu o Postulador para a Causa de Canonização. Uma experiência curta mais que “abalou a sua saúde”. Portugal foi o destino seguinte, mais concretamente a cidade que a viu nascer, para ajudar os mais necessitados: “causas sociais, gente que andava na prostituição e casais desavindos”. Naquela cidade dedicou-se a dois apostolados – “um grupo de jovens, que actualmente têm cerca de 70/80 anos e irão depor no processo, e a divulgação do Menino Jesus de Praga” – disse o Cón. Carlos Azevedo. O Santuário de Avessadas, em Marco de Canavezes, é dedicado ao Menino Jesus de Praga mas “deve-se muito à sua influência. Divulgou muito essa imagem”. O seu apostolado junto dos doentes também foi “extraordinário”. Passou “muitas horas” na sala de atendimento do Hospital de Santa Maria, no Porto, a “consolar os mais frágeis”. A “sua fama de santidade em vida” está muito relacionada com este apostolado – acentua Carlos Azevedo. A cerimónia do dia 29 de Maio, no Paço Episcopal do Porto, foi a abertura do processo informativo sobre a vida, virtudes e fama de santidade. Se não houver milagres “será venerável”. Se “tivermos um facto extraordinário poderá ser beatificada” e se “tivermos mais factos extraordinários depois disso poderá ser canonizada” – esclareceu o Postulador. Segundo Carlos Azevedo, a primeira fase do processo deverá “demorar um ano para que quando fizer 40 anos da sua morte, 29 de Maio de 2005, o processo esteja concluído”. E acentua: “o falecido bispo de Viseu, D. António Monteiro, foi director espiritual dela” e “seria uma testemunha importante no processo”.

Partilhar:
Scroll to Top