A devoção mariana contra o secularismo e consumismo

Centenário da Coroação de Nossa Senhora Aparecida “É importante o compromisso de assumir com verdadeiro espírito pastoral a imemorial devoção mariana de vosso povo. Procurar compreendê-la no seu enraizamento mais profundo, desvendar seus valores, captar o seu significado, acolhê-la, purificando-a e orientando-a” – refere a mensagem enviada por João Paulo II por ocasião do Centenário da Coroação de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil. O texto foi lido ontem, 8 de Setembro, na missa da festividade, pelo enviado especial de João Paulo II, o cardeal Eugénio de Araújo Sales, arcebispo emérito do Rio de Janeiro. E adianta: “Muito depende da atitude dos pastores e agentes de pastoral que esta devoção seja para o povo um caminho para o encontro na fé com Deus em Jesus Cristo”. Há quase três séculos que a “Virgem marcou um encontro singular com a gente brasileira neste lugar”. As origens do Santuário estão ligadas “à descoberta por parte de três pescadores de uma pequenina imagem de Nossa Senhora, de cor escura, e de rosto sorridente, que eles viram emergir das águas, pescada na rede com a qual puderam depois recolher uma pesca muito abundante” – sublinha a mensagem E deixa um apelo: “ajudem os fiéis a viverem a sua devoção mariana como um claro e corajoso testemunho de amor a Cristo, que manifesta a identidade pessoal e comunitária dos católicos, contra o perigo do secularismo e do consumismo, e, ao mesmo tempo, favoreça nas famílias a prática das virtudes cristãs”. O centro das festividades foi o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Aparecida, a 167 km de São Paulo, na Basílica erguida na cercania de onde, em meados de 1717, três pescadores lançaram as redes e trouxeram do leito do Rio Paraíba a imagem da Mãe Aparecida. Diante da piedade mariana do povo brasileiro, em 1904, o então Papa, Pio X, assinou o decreto da coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e de sua proclamação como Rainha do Brasil.

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