Nos quatro anos e meio do seu pontificado, o Papa que convocou o II Concílio do Vaticano, João XXIII, publicou sobre a devoção do Rosário uma encíclica, quatro cartas apostólicas e duas séries de reflexões para a meditação dos mistérios do Rosário.
Nos quatro anos e meio do seu pontificado, o Papa que convocou o II Concílio do Vaticano, João XXIII, publicou sobre a devoção do Rosário uma encíclica, quatro cartas apostólicas e duas séries de reflexões para a meditação dos mistérios do Rosário.
Sendo o mês de maio denominado o mês de Maria, a ECCLESIA recorda esta devoção especial de João XXIII e também uma nota de D. João Pereira Venâncio, bispo de Leiria (1958-1972) que anunciou aos seus diocesanos que, por concessão da Santa Sé, Nossa Senhora de Fátima tinha sido constituída padroeira principal da diocese.
Na encíclica «Grata Recordatio», 26 de setembro de 1959, João XXIII define o Rosário como “um excelente momento de oração meditada, composta à maneira de coroa mística, na qual se entrelaçam, com a consideração dos mais profundos mistérios da nossa fé, as orações do Pai-Nosso, da Ave-Maria e do Glória ao Pai Nosso, apresentando à mente, como em outros tantos quadros, o drama da Encarnação e da Redenção de Nosso Senhor”.
O Papa que iniciou o II Concílio do Vaticano (1962-65) começa por recordar as cartas encíclicas – onze ao todo – que o seu predecessor Leão XIII dirigiu ao mundo durante o mês de outubro. No ano seguinte, pela mesma altura (26 de setembro de 1960), dirigiu ao cardeal Micara, vigário de Roma, uma carta a exortar os fiéis da «cidade eterna» a rezarem o terço e aponta como intenções especiais mais uma vez a paz no mundo, na altura muito ameaçada, e a preparação do concílio ecuménico.
Com data de 25 de abril de 1963 e ao aproximar-se mais um mês de maio, João XXIII endereça ao mesmo cardeal uma carta a convidar os fiéis de Roma e de todo o mundo a rezar a Nossa Senhora pelo concílio.
Nesse mesmo ano, a 26 de abril, o prelado de Leiria anuncia aos cristãos daquela diocese que Nossa Senhora de Fátima foi constituída padroeira principal daquele território eclesial. “É justo que vos torne comparticipantes das minhas alegrias como o sois das preocupações e trabalhos, que nunca faltam”, escreveu D. João Pereira Venâncio (Cf. Boletim de Informação Pastoral, nº 24-25, junho, julho, agosto de 1963, pág. 57).
“Rendamos o preito da nossa gratidão ao Vigário de Cristo, o Papa, tão profundamente mariano, João XXIII, que atendeu os nossos rogos. E é-me grato envolver neste preito de sentido reconhecimento o filho ilustre dos Missionários do Coração de Maria, o eminentíssimo cardeal Arcádio Larraona, prefeito da Sagrada Congregação dos Ritos, providencial instrumento de Deus na concessão desta graça”, lê-se na carta.
A peregrinação internacional aniversária de maio de 1963 foi presidida pelo cardeal Larraona. Nessa ocasião, o bispo de Leiria-Fátima, D. João Pereira Venâncio, prestou-lhe “particular homenagem”.
Depois do documento (Breve Apostólico «Miris Modis») que coloca Nossa Senhora de Fátima como padroeira principal da diocese, D. João Pereira Venâncio pede aos diocesanos para se prepararem para “esta data histórica” com “uma missão religiosa em todas as suas freguesias”.
LFS