À descoberta das vocações

VI Fórum Nacional juntou responsáveis e especialistas em Fátima

O acto catequético deve mostrar o Evangelho como boa notícia, oferecer tempos e actos personalizados. No painel sobre «A Pastoral vocacional como acção educativa. Anunciar a fé como vocação, é possível?», integrado no VI Fórum Nacional das Vocações, Isabel Azevedo, Secretariado da Catequese do Porto sublinhou que catequese deve “ser espaço de gesto e palavra” para que faça “desabrochar para a vocação específica”.

Subordinado ao tema «Ide e Anunciai o Evangelho da Vocação», este Fórum realizou-se, em Fátima, de 30 a 31 de Outubro. No referido painel, Isabel Azevedo alertou para a necessidade do “olhar multifocal” na catequese. Em relação ao catequista, a oradora pede-lhes que “sejam mediadores de relações humanas” e que transmitam “uma narrativa do amor de Deus”

A finalidade da catequese “é colocar as pessoas em comunhão com Jesus Cristo e orientar para a vida na fé”. Para concretizar esta missão, Isabel Azevedo realça que este deve “ter formação específica para o seu ministério”. Se tal não acontecer, a catequese pode ficar aquém das expectativas”

Ao falar sobre a temática da juventude e a pastoral vocacional, o Pe. Pablo Lima, director do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, refere que é “preciso dar lugar espaço, voz e tempo aos jovens na vida pastoral”. Estes “não devem ser apenas figuras secundárias”.

Ao relatar a sua experiência no clero da diocese de Viana do Castelo, acentua que é necessário “abrir os olhos” porque, “muitas vezes, as vocações aparecem de onde não esperamos”. A pastoral vocacional “não é apenas dedicada aos jovens” – frisou

A imagem social de uma escola “passa pelos resultados curriculares”, mas as escolas católicas devem “impor-se pelo cultivo dos valores” – defendeu a Idalina Faneca no Fórum das Vocações. “É fundamental na escola católica que os alunos e professores se convençam que tem de caminhar juntos”.

Enquanto para alguns a frequência nestes estabelecimentos de ensino “deixou marcas”, para outros não “ficou nada” – lamenta. As escolas são instituições com um “poder enorme”, visto que podem “ajudar a moldar personalidades”. “Somos capazes de fazer mais do que imaginamos” – afirmou a religiosa de S. José de Cluny. O acolhimento e o afecto são uma “porta de entrada para a vocação”. A Escola Católica promove “a vertente espiritual que pode levar ao campo vocacional”.

Dimas Pedrinho, do Departamento de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), começou por alertar que trabalha numa escola que faz parte das 30 piores do país. No âmbito do seu labor, o professor aponta que “a metodologia das aulas de EMRC é interessante visto que propõe o diálogo aluno/professor e interdisciplinaridade dos conhecimentos”. No entanto, a escola é “uma realidade plural” onde “não existe uma cultura mas culturas”.

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Agência ECCLESIA

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