Derrotar o aborto e afastar os seus horrores, legalizados ou ilegais, significa assumir a responsabilidade de recusar a tentação regressiva e omnipotente da conservação do existente, abrindo-se ao novo que nasce todos os dias e exige de nós acolhimento e amor. Refere o psicanalista Claudio Risé na obra «A crise do dom – o nascimento e o não à vida» editada pelas Paulinas Editora.
As páginas foram escritas para favorecer uma abertura à mudança que ajude cada um de nós a recusar o nosso (muitas vezes inconsciente) hábito abortivo em relação à vida e à sua contínua transformação.
Integrado na coleção «Unidade e Vida», o livro realça também que este acolhimento «significa aceitar darmo-nos à criança, que vem ao mundo, em vez de sacrificá-la ao nosso prazer, e, sobretudo, ao nosso – apenas imaginado – poder sobre a realidade que, a cada momento, na sua incessante transformação, nos ultrapassa e nos transcende».