A Arte Sacra como ideal de vida

O exemplo de Maria Amélia Carvalheira Ficou claro que o carácter da escultora Maria Amélia Carvalheira, falecida a 31 de Dezembro de 1998 em Lisboa, tinha como principais características a candura, a generosidade, a piedade e a enorme devoção a Deus. A juntar a estas qualidades, às vezes raras de encontrar, outras duas lhe eram notadas: a grande força interior e a simplicidade. Foi desta forma que um conjunto de pessoas, que teve o privilégio de conhecer a artista, descreveu Maria Amélia Carvalheira, no passado dia 05, na sessão de homenagem póstuma que foi lhe feita em Fátima, cidade onde se encontra um grande número de obras com a sua assinatura. Em relação ao seu trabalho artístico, sobressaem as palavras: autodidacta, humanidade e interioridade, perfeição e beleza, reconhecimento público e admiração. Um amigo pessoal salientou mesmo que Maria Amélia Carvalheira cumpriu na íntegra o que no ano 2000, dois anos após a sua morte, o Santo Padre pediu aos artistas católicos: que sejam instrumentos da beleza de Deus no mundo. A sessão de evocação a esta autodidacta, autora de obras de grande envergadura e responsabilidade tanto em Portugal como no estrangeiro, decorreu no Centro Pastoral Paulo VI e teve como presidente o Cardeal Patriarca de Lisboa, que afirmou que Maria Amélia Carvalheira conseguiu imprimir como ninguém, nas imagens de Nossa Senhora que esculpiu, a beleza de Deus num rosto de mulher. A jornada de homenagem, inserida no programa geral das Comemorações do Centenário do Nascimento da Escultora, iniciou-se com a inauguração da exposição “Fátima – Peregrinar com as mãos”, patente, com um conjunto de obras da autoria de Maria Amélia, no Centro Pastoral Paulo VI durante os próximos tempos e com entradas gratuitas (Diariamente das 8h00 às 12h00 e das 13h00 às 18h00). Quiseram estar presentes na homenagem à artista plástica, que se destacou na área da estatuária religiosa, muitos amigos, alunos, familiares, conterrâneos (do concelho de Vila Nova de Cerveira, distrito de Viana do Castelo) e admiradores. A homenagem estendeu-se a outros lugares de Fátima, nomeadamente ao Seminário Verbo Divino e aos Valinhos (Aljustrel), outros espaços com obras da autoria da artista que ofereceu peças únicas aos Papas Pio XII, Paulo VI e João Paulo II e que, no ano de 1949, recebeu o Prémio de Artes Plásticas “Mestre Manuel Pereira”, com a obra intitulada “S. João de Deus”. Quem observa os seus trabalhos, constata a veracidade das palavras de outra sua grande admiradora, Manuela Eanes, quando afirma que as obras de Maria Amélia Carvalheira “tocam as nossas almas e ficam nos nossos corações”. LeopolDina Reis Simões, Santuário de Fátima

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Agência ECCLESIA

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