A alegria do Natal

Homilia da Noite de Natal do Bispo de Viseu «Que todos os cristãos e todas as comunidades sintam a alegria de partilhar com os outros a Boa Notícia de que ‘Deus amou tanto o mundo que lhe deu o Seu Filho unigénito… para que o mundo seja salvo por seu intermédio’. É este o autêntico sentido do Natal, que há que redescobrir e viver intensamente sempre de novo». Citei o Papa Bento XVI. A alegria de comunicar aos outros a Boa Nova do amor de Deus que deu ao mundo o Seu Filho unigénito é o que dá sentido às celebrações destes dias. Aliás, os próprios votos de Boas Festas, que todos nós enviamos e recebemos de tantos e tantos, devem comunicar – e comunicam mesmo – sentimentos que têm a sua génese no Natal de Jesus Cristo. «A verdade que salva a vida – que se faz carne em Jesus – acende o coração de quem a recebe como um amor para com o próximo que leva a liberdade a dar de novo o que gratuitamente recebeu», diz Bento XVI. Para o Papa, «não há nada de mais belo, urgente e importante do que dar de novo, gratuitamente, aos homens o que, gratuitamente, recebemos de Deus! Não há nada que nos possa eximir ou dispensar deste árduo e fascinante empenho». A alegria do Natal que saboreamos, de modo especial, nesta Noite Santa, ao mesmo tempo que nos enche de esperança, leva-nos, ao mesmo tempo, a anunciar a todos a presença de Deus no meio de nós. Ele é como que o “inquilino” ou o vizinho do andar de cima que vem cear, mais, que vem viver connosco. Na verdade, Ele vem, não apenas para uma noite de Natal, mas Ele é o Emanuel e quer ficar connosco. Tendo, na nossa Diocese, o lema evangelizador – Jesus Cristo, a Boa Nova para um Mundo Novo – encontramos em Maria, um excelente modelo de evangelização. Ela, nesta noite santa de Natal, comunica ao mundo, não uma ideia, mas Jesus, o Verbo incarnado, para que, também no nosso tempo, a Igreja anuncie Cristo Salvador. Não deixemos que esta noite seja, apenas, uma noite como as outras… Precisamos da Mensagem de Belém e precisamos de a perpetuar no nosso coração, nas nossas atitudes e nos nossos gestos. Belém e o Natal cativam-nos a todos e não apenas às crianças. Apesar de tudo e de toda a situação mundial, muita coisa tem florido, desde o Natal de Jesus: tantas pessoas que se dão aos outras em nome de Jesus. Tantos que lutam contra a cultura do egoísmo, da violência, da mentira, do ódio… Tantos que se dão e que se tornam Missionários da solidariedade, da vida, da justiça, do amor e do perdão… Belém e o Natal não foram em vão… Tudo nasceu em Belém, naquela noite, pois, como estava prometido, “um Menino nos nasceu, um filho nos foi dado; a soberania repousa sobre os seus ombros, e ele chama-se: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da paz” (Is 9). Para todos vós, vossos familiares e amigos, um Santo e Feliz Natal.

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