Depois de quatro dias em Portugal (11 a 14 de Maio), para o povo, o Papa, “é a pedra basilar da fé”. “Esta onda vem da história de Portugal, mas permanece” – disse à Agência ECCLESIA D. Joaquim Gonçalves, Bispo de Vila Real, ao fazer o balanço da visita de Bento XVI a Portugal.
Apesar das “ondas de frio que têm assolado a cultura portuguesa e a sociedade”, as famílias ainda conseguem transmitir valores aos mais novos. “A afectividade à cadeira de Pedro mantém-se nas novas gerações” – referiu o prelado de Vila Real.
Nos discursos, Bento XVI mostrou que “conhecia a cultura portuguesa” e “não fez pregações meramente moralistas”. O cristianismo está “para além da ética e entra na mística interior” – frisou D. Joaquim Gonçalves.
Para D. António Marcelino, bispo emérito de Aveiro, as mensagens transmitidas pelo Papa alemão “fazem pensar e estão cheias de conteúdo”. E acrescenta: “tem sofrido muito, mas é muito sereno”
Ao fazer uma avaliação da visita do Papa a Portugal, o Bispo de Vila Real realça a adesão do povo português, no entanto reconhece duas camadas: “Aquela para quem a visita confirmou uma caminhada e a outra que ficou no folclore religioso e na alegria de ver o papa”.
O bispo de Bragança-Miranda, D. António Montes, conhece o Santuário de Fátima desde 1951, “mas nunca vi tanta gente numa peregrinação”. Por outro lado, sublinha que o Papa ficou “contagiado com o nosso ambiente”
Sobre uma hipotética visita de um Papa a Trás-os-Montes, D. Joaquim Gonçalves dá um sorriso e afirma: “Só temos montanha, o nosso mar é de pedra e não dá para navegar”. E finaliza: “Já passou de helicóptero pela Região do Douro”