Apesar dos ecos que chegaram ao Ocidente de actos de fundamentalismo islâmico, em Aceh, Indonésia, a verdade é que na maioria dos casos as grandes religiões estão a trabalhar lado a lado no apoio às vítimas do maremoto do sudeste asiático. O missionário verbita na Indonésia, John Mansford Prior, dá conta do trabalho de voluntários cristãos e muçulmanos desde o primeiro dia, através da rede “Justiça, paz e integridade da criação”, ligada aos Jesuítas e aos Franciscanos. O religiosos recorda ainda a actividade da “Unidade de Crise” da Conferência Episcopal da Indonésia, que está a colaborar com a organização “Emergência para Salvar o Aceh”, uma rede constituída por jovens muçulmanos da província ocidental devastada pelo tsunami. Na província do Aceh, os voluntários do Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) estão na linha de frente na assistência aos refugiados. O JRS está presente no local desde 2001, onde se ocupava dos refugiados do conflito entre os rebeldes separatistas e tropas do governo. Depois do tsunami, o organismo mobilizou o seu pessoal de Medan, capital da vizinha província de Sumatra do Norte, para o fornecimento de medicamentos, alimentos, utensílios, etc. Em depoimento enviado à agência Fides, os voluntários do JRS constataram “dificuldades logísticas” e sobretudo “carências humanitárias”, visto que a maior parte dos hospitais de Aceh foi destruída. “Em algumas áreas, a assistência humanitária ainda é insuficiente, pois é preciso reparar as estradas, para consentir que os socorros cheguem ao destino”, alertam.
