Os Bispos espanhóis vão, desde hoje, explicar ao Papa a situação nas suas dioceses, num momento de particular tensão nas relações entre a Igreja Católica e o governo socialista de Zapatero. Os 74 prelados viajarão em quatro turnos, para se reunirem com o Papa em audiências privadas e públicas. Espera-se que João Paulo II aborde temas como o aborto, a legalização dos casamentos homossexuais ou o ensino da Religião nas escolas públicas, embora a agenda destas visitas seja muito mais vasta. Diocese por Diocese, os encontros vão servir para um tomar do pulso da vida sacramental, da dinâmica vocacional e dos desenvolvimentos litúrgicos nos últimos tempos. As visitas acontecem cada 5 anos e o seu nome vem da expressão latina “ad Limina apostolorum” (aos túmulos dos apóstolos), em referência à peregrinação aos túmulos dos apóstolos que os bispos devem fazer. A viagem ao Vaticano inclui três partes distintas. A primeira é o encontro dos bispos com o Papa; na segunda parte, os bispos rezam nos túmulos dos santos Pedro e Paulo em Roma; a terceira parte oferece a oportunidade aos bispos de se encontrarem com os colaboradores do Papa, Prefeitos de Congregações vaticanas e Conselhos Pontifícios. Na conclusão da visita, João Paulo II reúne-se com todos os bispos, aos quais entrega um discurso. Neste discurso, o Papa aborda os problemas e desafios que os bispos apresentaram nos seus relatórios e nas suas conversas com ele.
