Igreja Católica exige gestos de paz na Terra Santa

Bispos europeus e norte-americanos visitaram comunidades cristãs «num tempo de grande potencial político» O Grupo Episcopal de Coordenação para a Terra Santa, composto por bispos europeus e norte-americanos, considera que a região vive agora “um tempo de grande potencial político”, após as eleições presidenciais na Palestina. “A paz aqui é vital para paz mundial”, asseguram. Na conclusão de uma visita de quatro dias a Israel e à Palestina, os prelados explicam em comunicado enviado à Agência Ecclesia que “neste momento tão importante, procuramos encorajar e apoiar todos os que lutam pela justiça e procuram a paz”, pedindo gestos concretos que permitam aos israelitas e palestinianos “viver nesta Terra com dignidade, em dois Estados, em segurança e equidade”. “Esperamos ver, em breve, acção decisiva e corajosa para colocar um ponto final na violência e injustiça, proporcionando a reconciliação e uma paz justa e duradoura nesta Terra que todos chamamos Santa”, referem os Bispos, dirigindo-se a Cristãos, Judeus e Muçulmanos. A coordenação episcopal esteve em Jerusalém, Belém e Galileia de 10 a 13 de Janeiro para acompanhar os trabalhos da assembleia de ordinários católicos da Terra Santa e “partilhar a vida das Igrejas locais”, com a aprovação e apoio expresso da Santa Sé. Após encontros com os presidentes de Israel e da Autoridade Palestiniana, além dos líderes de outras comunidades cristãs, os Bispos manifestaram o compromisso de “trabalhar por uma paz justa nesta Terra, envolvendo as nossas Igrejas locais e os nossos países nesta tarefa”. A coordenação episcopal tem como missão apoiar a Igreja da Terra Santa, “na sua missão de justiça, paz e reconciliação”. Nesse sentido, o seu comunicado destaca a importância de “garantir a sobrevivência e vitalidade das Comunidades cristãs na Terra onde Jesus nasceu, viveu, foi sepultado e ressuscitou”. Os prelados destacam a importância do Acordo Fundamental entre Israel e a Santa Sé, bem como o Acordo Básico entre a Santa Sé e a OLP, exigindo “a sua implementação plena, sem mais demoras”. O encontro foi presidido pelo Patriarca Latino de Jerusalém, D. Michel Sabbah, e pelo Núncio Apostólico em Israel, D. Pietro Sambi, juntando ainda representantes das instituições de ajuda católicas, como as Obras Missionárias Pontifícias e a Cáritas.

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