As autoridades chinesas deixaram regressar a casa no passado sábado o bispo católico Julius Jia Zhiguo, após o prelado ter sido detido a 5 de Janeiro. A notícia foi comunicada pela organização de defesa dos direitos humanos “The Cardinal Kung Foundation”, declarando que de momento não há mais informações sobre o bispo da Igreja Católica. O bispo de Zheng Ding (Hebei) foi preso numa igreja situada na aldeia de Wu Qiu por três membros do Departamento de Assuntos Religiosos, sem que se explicassem os motivos da detenção. O prelado, de 69 anos, já passou 20 anos na prisão e esta é a sexta detenção que sofre em nove meses, segundo informou a agência AsiaNews. Numa dessas detenções, a Santa Sé qualificou a prisão como “inadmissível” num Estado de Direito. Em ocasiões de importantes reuniões do Partido ou de visitas de chefes de Estado e personalidades estrangeiras, o bispo de Zheng Ding é detido e isolado em lugares desconhecidos. Na China, o culto católico só é permitido nos lugares e com o pessoal reconhecido pelo governo, ou seja, uma espécie de Igreja Católica “oficial”. Bispos, sacerdotes e leigos da Igreja clandesina, fiel ao Vaticano, sofrem contínuas violências e detenções. Desde o ano 2000, o controlo governamental aumentou também para a Igreja oficialmente reconhecida. Mais de 80% dos bispos nomeados por Pequim pediram nestes anos, secretamente, reconhecimento e reconciliação com a Santa Sé.