Somália também sofre

A Somália é o país africano atingido pelo maremoto de 26 de Dezembro em que a situação é mais grave. Segundo o último balanço oficial, a tragédia fez pelo menos 298 mortos e deixou 17.000 famílias desalojadas. Os maiores prejuízos verificaram-se em Rafi Hafun, na região de Bari (conhecida também por Migiurtina), nordeste do país. “Nesta localidade, há pelo menos 150 mortos ou desaparecidos”, refere à agência Fides D. Giorgio Bertin, Bispo de Djibuti e Administrador Apostólico de Mogadíscio. “As dificuldades de comunicação com a área oferecem um balanço de vítimas ainda provisório”, diz o Bispo. A maior parte de mortos e desaparecidos são pescadores. Apesar de considerar que os danos sofridos na Somália são muito inferiores a outros países, especialmente os asiáticos, D. Bertin assinala que “na avaliação das consequências do maremoto, é necessário considerar que a Somália não possui uma administração estatal, e, portanto, a máquina dos socorros é praticamente inexistente, especialmente em áreas remotas, como Rafi Hannun”. Em sinal de solidariedade com as populações vitimadas, a diocese de Djibuti organizou uma colecta para Domingo, 9 de Janeiro, e destinou cerca de 3 mil dólares para reconstruir alguns poços destruídos no sul da Somália. O Papa, através do Conselho Pontifício Cor Unum, ofereceu já 10 mil dólares para o país. Segundo a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU, o maremoto destruiu ou danificou cerca de 18 mil habitações no país, enquanto 54 mil pessoas tiveram casas ou infra-estruturas económicas parcial ou totalmente danificadas. Milhares de barcos de pesca foram destruídos. No resto da África, os tsunamis provocaram 10 mortos na Tanzânia e 1 morto no Quénia.

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