A destruição gerada pelas ondas do maremoto do passado dia 26 de Dezembro geraram, um pouco por todo o mundo, uma ainda maior onda de solidariedade para com os povos do sudeste asiático Os Bispos das várias dioceses portuguesas têm multiplicado os apelos à generosidade e ao compromisso em favor dos que mais precisam da ajuda dos cristãos, neste momento dramático. A opção prática mais comum foi a de destinar os ofertórios das eucaristias dominicais de 2 ou 9 de Janeiro aos milhões de desalojados que o maremoto provocou. D António Sousa Braga pretende que este gesto seja entendido por todos como “primícias do Novo Ano, que iniciamos, deste modo, sob o sinal da solidariedade”. A maior parte das paróquias da cidade de Braga deixou para o próximo domingo, dia 9 de Janeiro, o ofertório para as vítimas do terramoto e maremoto que assolaram o sudeste asiático. Esse mesmo dia é proposto pelos prelados de Santarém e Viseu. O Bispo de Viana do Castelo, D. José Pedreira assegurou que a Cáritas Diocesana ou a Cúria Diocesana se encarregarão de fazer chegar os apoios financeiros ao seu destino através das organizações internacionais “devidamente credenciadas” e explicou que é o “princípio básico do destino universal dos bens que permite enfrentar adequadamente o desafio da pobreza”. Do Porto chegou o apelo de D. Armindo Lopes Coelho no dia de Ano Novo: “quando se está perante uma calamidade ou catástrofe como aquela que se abateu sobre o Sudeste Asiático, todos os apelos (à justiça, à caridade, à generosidade, à solidariedade…) não são senão o reconhecimento lógico e necessário desta cidadania que comporta uma exigência ética do uso correcto dos bens da terra”. D. José Policarpo pediu aos portugueses que ajudem as populações afectadas pelo sismo na Ásia. O Cardeal-Patriarca de Lisboa apela à participação de todos nas campanhas de solidariedade, como a que está a ser promovida pela Cáritas Portuguesa, às vítimas da catástrofe que atingiu vários países do sudeste da Ásia e da África. “Eu penso que neste momento, além da oração pelos nossos irmãos, a participação material é importante: temos de ser generosos, darmos”, assinalou o presidente da CEP. Incentivada por D. Maurílio de Gouveia, Arcebispo de Évora, a Cáritas desta diocese apela aos cristãos para “não ficarem de braços cruzados”. No Algarve, a Cáritas diocesana irá criar um departamento local para acolher os donativos (apenas dinheiro) que as paróquias ou particulares lhe fizerem chegar. A “mobilização da Solidariedade” foi considerada pelo Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança como “a resposta mais decisiva à tragédia do mundo asiático”. De várias outras Dioceses chegam apelos para que os católicos participem nesta missão de solidariedade, nomeadamente depositando o seu donativo na conta que a Cáritas abriu para este fim.
