Cardeal Lluíz Martínez Sistach levou a Coimbra «o espírito do Concílio» e uma «experiência de vida muito vasta»Coimbra, 18 jan 2018 (Ecclesia) – O arcebispo emérito de Barcelona disse os agentes da Igreja têm de ir ao encontro de “todas as pessoas” para evangelizar através do diálogo e do acompanhamento.
“Evangelizar é encontrar-se e oferecer a mensagem de salvação, a boa nova de Jesus e o Evangelho e isso pede atitude de ir ao encontro”, disse o cardeal Lluíz Martínez Sistach, em declarações à Agência ECCLESIA.
As jornadas de formação permanente da Diocese de Coimbra terminam hoje e estão a refletir sobre o dinamismo de ir ao encontro e o do acompanhamento’, dois pontos do Plano Pastoral Diocesano.
Para o arcebispo emérito de Barcelona, é preciso saber ir ao encontro das pessoas “para dialogar, para acompanhá-las, para ajudar a fazer um discernimento” e conhecerem a vontade de Deus “na sua vida”.
“Desta maneira vão integrá-las, uni-las mais, vinculá-las mais a Jesus e à Igreja, à comunidade cristã”, observou, referindo que a sociedade oferece “muitas alternativas”.
A diocese de Coimbra está a viver um horizonte pastoral até 2020 e o bispo diocesano deseja, por seu lado, provocar o interesse das pessoas “se encontrarem com Deus”.
“É importante sair com uma intensão evangelizadora e com certeza que é preciso termos meios, formas e conteúdo porque é preciso uma mensagem, uma palavra, uma presença, um estímulo, ajudarmo-nos dentro do que é possível a despertar dentro do coração das pessoas o desejo de se encontrarem com Deus”, explicou D. Virgílio Antunes à margem da sessão, no Salão de São Tomás do Seminário Maior de Coimbra.
O bispo de Coimbra realça a “experiência de vida muito vasta” do cardeal Lluíz Martínez Sistach e a sua “grande abertura”, encarnando na sua pessoas e nas dioceses onde esteve “o espírito do Concílio [Vaticano II], a “envolvência da totalidade do povo de Deus, onde se destaca o “conhecimento teórico da doutrina e experiência da vida”.
Segundo D. Virgílio Antunes a presença de uma pessoa com outra experiência de vida, “com conhecimento mais alargado e suportado com outra experiência de vida” ajuda “a abrir horizontes”.
O arcebispo emérito de Barcelona também considera que estes intercâmbios importantes porque “podem enriquecer” uma vez que “cada Igreja tem a sua riqueza que pode oferecer”.
As jornadas de formação permanente começaram na terça-feira, dia 16, e são para toda a Diocese de Coimbra destacando-se a participação dos leigos como Marta Neves que considera “importante” primeiro “em termos pessoais” de formação cristã.
“Para atualizar e saber de que forma posso seguir a Cristo de forma mais completa, integral, e quando cresço como cristã repercute-se na família, com os filhos, os pais, os vizinhos e no trabalho”, explicou a psicóloga.
Marta Neves trabalha com pessoas em contexto de prostituição e a temática das jornadas, sobre os dinamismos de ir ao encontro e o do acompanhamento, são úteis neste trabalho que entende como “missão”.
“Entusiasma-nos de forma interior para que a gente não vá de forma pacifica porque andar ao sabor sem formação temos tendência de criar sistemas homogéneos, sem evolução”, revela por sua vez o diácono permanente Augusto Rainho.
Participar nestes encontros de formação ajuda-o “sempre encontrar soluções” numa sociedade que “está a mudar” e o trabalho pastoral precisa também de se “revitalizar”, considerou.
CB/PR