A Arquidiocese de Braga vai passar a ser a primeira diocese portuguesa a dispor de um “Observatório da Acção Social e Caritativa”, com o objectivo de fazer convergir num espaço comum o trabalho de várias instituições de cariz predominantemente social. A decisão foi tomada após a apresentação, na semana passada, do “Diagnóstico Social da Arquidiocese de Braga”, a cargo de José da Silva Lima e Vera da Silva Duarte, durante o Fórum Social “Conhecer para agir”. Na apresentação do estudo, D. Jorge Ortiga reconheceu a necessidade de maior ousadia, considerando que o percurso efectuado pela Igreja local “na reflexão, na acção catequética e litúrgica não tem sido acompanhado pela dimensão social”. O facto é constatável nas conclusões do retrato social da arquidiocese: oitenta por cento das paróquias que responderam ao inquérito têm uma pastoral litúrgica organizada, mas só 48 por cento terão grupos sócio-caritativos constituídos. Este fórum foi o culminar do projecto “Inclusão social: conhecer para agir”, uma iniciativa da Cáritas e da UCP, com a colaboração do secretariado da acção social e caritativa da Arquidiocese de Braga e da comissão diocesana Justiça e Paz. O responsável por este último organismo, Bernardino Silva, refere à Agência ECCLESIA que a hora é de “fomentar a informação em rede” e de “fazer convergir dinâmicas”. “Agora que conhecemos o diagnóstico vamos passar a uma acção, em torno do Observatório, que vai obrigar a um grande investimento”, referiu. Este organismo inovador pretende permitir à Igreja Católica em Braga estar mais perto dos problemas e encontrar soluções mais adequadas e credíveis para os mesmos. A novidade do Observatório consiste em alargar o seu âmbito de acção a todas as instituições, associações e movimentos que desempenham um papel na acção social. Notícias relacionadas • Igreja de Braga reforça aposta na pastoral social
