O ministro da Segurança Social, Fernando Negrão mostrou hoje preocupação com o “menosprezo” dado aos avós na sociedade portuguesa. “O papel dos avós é determinante para haver mais e melhor família”, defendeu Fernando Negrão na abertura do I Congresso dos avós que decorre até amanhã na Universidade Católica Portuguesa. “Congresso dos Avós, os avós como educadores”, é uma iniciativa conjunta da Universidade Católica Portuguesa nos seus Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa, Instituto da Educação e Instituto de Ciências da Família e do Ministério da Segurança Social, da Família e da Criança- Coordenação Nacional para os Assuntos da Família. A iniciativa pretende ser um momento de reflexão sobre o importante papel que os avós têm na educação dos seus netos, com o objectivo conhecer e debater o papel dos avós nas famílias e na sociedade, ressaltando um dos que podem ser os aspectos mais positivos do denominado “envelhecimento activo”. O primeiro dia do congresso encerra com a comunicação de Liliana de Sousa, da Universidade de Aveiro, que vai falar sobre a “relação educativa” entre avós e netos, salientando que ela deve basear-se nos “afectos”. No dia 27, durante a manhã, haverá uma mesa redonda antes da sessão de encerramento, pelas 12h45, durante a qual vão ser lidas as conclusões deste congresso. Na mesa redonda, António Fonseca, professor da UCP, falará sobre “a sabedoria dos avós”; o deputado Pedro Roseta, sobre “os avós como transmissores de cultura”; o padre António Janela, sobre “os avós como transmissores de fé”; e Helena Rebelo Pinto, da Faculdade de Psicologia e Ciências da educação, sobre “os avós como transmissores de afectos”. O programa anuncia mais duas intervenções: uma de Joaquim Azevedo, director do Instituto de Educação da UCP, centrada nos “desafios para a escola e universidade” relacionados com a actuação dos avós; outra de Marcelo Rebelo de Sousa, que apontará os “desafios para a sociedade”.
