Católicos na Terra Santa temem aumento do terrorismo

A continua especulação sobre o estado de saúde do líder da Autoridade Nacional Palestiniana, Yasser Arafat, faz com que a comunidade católica na Terra Santa receie um aumento da influência dos grupos extremistas islâmicos.

O pároco da Sagrada Família em Ramallah, Pe. Ibrahim Hijazin, referiu à CNS que a reacção desses grupos a uma eventual morte de Arafat “é a nossa principal preocupação”, em função do vazio de poder dentro da Autoridade Nacional Palestiniana.

“Há um receio em relação ao futuro, nos Cristãos, como há no Iraque, na Jordânia e em todo o mundo árabe”, refere. A população cristã na Terra Santa passou dos 18% em 1948 para os menos de 2% que representa nos dias de hoje.

Há poucos dias, o responsável pela Custódia Franciscana da Terra Santa, Fr. Pierluigi Pizzaballa, assegurava que neste momento o único a fazer em relação ao estado de Yasser é “rezar por ele”. “A comunidade cristã da Terra Santa está solidária com o povo palestiniano e reza pelo seu líder histórico”, afirmou. O Pe. Pizzaballa disse à agência Sir que o problema da sucessão pode ser complicado e não esconde a sua preocupação com as possíveis “lutas internas” pelo poder.

“É uma nova página que se abre na história da Palestina e quando isso acontece há sempre medo e receios”, refere. Do ponto de vista político, o religioso Franciscano considera que “qualquer mudança oferecerá novas hipóteses de diálogo e encontro entre Israel e a Palestina A Custódia da Terra Santa tem a seu cargo a manutenção dos santuários e das comunidades cristãs que se formam à volta deles, desde o século XIV.

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