Novos alertas sobre situação dos trabalhadores migrantes portugueses no Reino Unido

A casa de uma família portuguesa, residente em Portadown, na Irlanda do Norte, foi alvo do lançamento de um “cocktail molotov”, no sábado, pela hora do jantar. A polícia local considera tratar-se de mais um ataque racista contra a comunidade portuguesa ali radicada. Já em Agosto deste ano, as casas de duas famílias haviam sido vandalizadas por um grupo de três indivíduos, acabando por levar ao realojamento de um casal e dos seus dois filhos. Portadown é uma das zonas da Irlanda do Norte onde estão estabelecidos mais portugueses, que ali trabalham sobretudo no sector da indústria de transformação de produtos agrícolas. A maioria destes imigrantes foram contratados, muitas vezes em condições degradantes, por agências de emprego que operam no Reino Unido. Este alerta já fora lançado pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas juntamente com a Embaixada Britânica e o auxílio da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM). Os problemas do trabalho temporário já levaram a uma mudança legislativa no Reino Unido. A nova lei, aprovada no dia 8 de Julho, criará um sistema de licenciamento para os angariadores de trabalhadores no sector da agricultura e sectores associados de processamento e empacotamento. Desde Maio de 2003 que a OCPM a convite da Embaixada Britânica, se comprometeu na colaboração da feitura do conteúdo de um panfleto informativo e sensibilização da sua rede de contactos quer no país, quer junto das Comunidades católicas da Diáspora. Esta colaboração foi reconhecida pela Embaixada Britânica, satisfeita pela relação estabelecida em matérias referentes aos trabalhadores migrantes portugueses, de modo a que estes estejam cientes dos seus direitos. A lei de licenciamento dos angariadores de trabalhadores prevê novas transgressões e uma pena máxima de dez anos de prisão para quem operar sem licença ou utilizar documentação falsa.

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