África: Igreja Católica saúda chegada de mais Capacetes Azuis à República Centro-africana

Bispo de Bossangoa sublinha a urgência de neutralizar os grupos armados que fustigam o país desde 2013

Lisboa, 03 nov 2017 (Ecclesia) – A Igreja Católica na República Centro-africana saudou o envio por parte das Nações Unidas de mais tropas para o país, numa altura em que a guerra está a mergulhar o país num autêntico “caos”, realça a Fundação Ajuda a Igreja que Sofre.

Numa nota publicada hoje, a AIS realça a importância da chegada de mais Capacetes Azuis àquele território africano, numa altura em que os confrontos “essencialmente entre os Seleka, muçulmanos, e os anti-Balaka, conotados com os cristãos”, estão a subir de tom.

O organismo católico apresenta declarações do bispo de Bossangoa e também vice-presidente da Conferência Episcopal da República Centro-africana, D. Nestor-Desire Nongo, que conta que “os grupos armados estão em todo o lado, a matar e a mutilar pessoas”.

“Nada poderá ser feito se estes grupos não forem desarmados”, frisa aquele responsável.

Atualmente, nas Nações Unidas têm cerca de 12500 soldados na RCA, entre os quais um contingente de 150 soldados portugueses.

Esta força de Capacetes Azuis deverá ser reforçada durante este mês com o envio de mais 900 elementos.

Recentemente, numa visita à República Centro-africana, o secretário-geral da ONU, o português António Guterres, salientou o empenho das Nações Unidas em ter um “papel mais eficaz” no combate aos grupos armados e “na defesa das populações civis”.

António Guterres esteve na cidade de Bangassou, uma das regiões mais fustigadas pela guerra civil na RCA, que teve início em 2013 e já provocou milhares de mortos, entre os quais dezenas de tropas da ONU.

Realce também para o número de deslocados devido ao conflito, que já ascende a mais de 600 mil pessoas.

JCP

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