Um edifício de «luz» para acolher todos, indica o pároco da comunidade
Lisboa, 28 out 2017 (Ecclesia) – O projeto arquitectónico do Centro Pastoral de Moscavide, no Patriarcado de Lisboa, foi esta sexta-feira distinguido com o American Architecture Prize de 2017 na categoria de Design Arquitetónico e Arquitetura Institucional.
Este espaço recente é um sinal de uma “comunidade aberta, com sentido de missão e com o desejo de uma pertença cristã mais aprofundada”, traduz hoje à Agência ECCLESIA o padre José Fernando, pároco de Moscavide e impulsionador do projeto quando em 2011 chegou à paróquia.
A luz é o ponto central em todo o edifício, uma iluminação que “dá um sentido de abertura e acolhimento”, traves mestras deste projeto.
O espaço é aberto, iluminado pela luz natural “em quase todos os lugares”, indica o responsável da comunidade que assinala o bom acolhimento das sugestões dadas aos responsáveis pelo projeto Pedro Ferreira e Helena Vieira, do atelier Plano Humano Arquitectos, “dois jovens de Igreja que compreenderam o que se pretendia”.
Perante edifícios antigos, alguns degradados, “um mesmo encontrava-se devoluto”, a comunidade paroquial resolveu atualizar um projeto “com há muitos anos que não chegou a sair do papel”, recorda o padre José Fernando.
Inaugurado a 8 de dezembro de 2016, data em que a comunidade assinalou 60 anos da dedicação da igreja, o Centro pastoral é hoje um local de encontro.
“Quase todos os dias há pessoas dentro do Centro. Há quem venha conviver, ler o seu jornal ou revista, tomar um café, conversar e estar”, dá conta o pároco que não esconde o desejo de um espaço aberto a todos.
O Centro Pastoral de Moscavide está inserido numa zona de grande movimento, com autocarros, metro e comércio, local onde “as pessoas que paravam e rezavam de fora”.
“Queremos uma igreja aberta com um espaço aberto para tudo, não só a nível de igreja, mas para todos, crentes e não crentes”.
O prémio arquitetónico internacional do Centro Pastoral de Moscavide vem reconhecer um trabalho que se quer diário.
“Não procurámos este reconhecimento mas é significativo para as pessoas que nos ajudaram a concretizar este projeto, pois contamos com uma comunidade muito generosa, viva e ativa”.
À semelhança do Papa Francisco, o pároco deseja que este centro venha “responder ao desafio de abertura às periferias”.
A cerimónia de entrega de prémios decorreu esta sexta-feira, 27 de outubro, em Nova Iorque.
LS